Direto do ISA | | | Belo Monte conclui 30% das obras sem construir nenhum quilômetro de rede de esgoto em AltamiraJá são visíveis da rodovia Transamazônica as crateras onde devem ser instaladas as turbinas da hidrelétrica de Belo Monte. A cena impressionou cinco senadores, na tarde da sexta (5/4). Além de visitar os canteiros, os parlamentares andaram pelas ruas de Altamira, cidade que abriga o maior e mais cara obra em andamento no País, onde mais de 100 mil pessoas ainda vivem sem água potável e rede de esgoto - Notícias Socioambientais, 8/4. Casa de sementes é inaugurada no Parque Indígena do Xingu A estrutura, na aldeia yudjá Tuba Tuba, contribuirá para a organização do trabalho dos indígenas e para a qualidade das sementes entregues à Rede de Sementes do Xingu - Notícias Socioambientais, 9/4. | | | Amazônia | | | Terra de ninguémA regularização da terra reduz o desmatamento em áreas protegidas da Amazônia. Invasões e disputas fundiárias estão entre os principais motivos de derrubada da floresta. O fato é discutido há anos por especialistas, e acaba de ser evidenciado por uma pesquisa do Imazon, realizada em parceria com a Universidade de Michigan, Estados Unidos. Após analisarem 66 áreas protegidas, verificaram que, a não ser que se resolvam as pendências com quem vive dentro das áreas, as chances de reduzir o desmatamento são pequenas. A Floresta Nacional do Jamanxim e a Terra Indígena Cachoeira Seca do Iriri, ambas no Pará, ilustram o problema - O Globo, 9/4, Amanhã, p.14 e 15. Haitianos voltam a entrar ilegalmente no Acre, diz senadorA cota de cem vistos por mês, ou 1.200 por ano, estabelecida pelo governo federal em janeiro de 2012 não conteve a entrada de haitianos ilegais no Brasil. Nestes três primeiros meses de 2013 ingressaram 1.700 haitianos ilegalmente pelo município de Brasileia, no Acre, localizado na fronteira com a Bolívia. A informação é do senador Jorge Viana (PT-AC), que cobra providências do governo federal. Aproveitando a rota aberta pelos haitianos, também vieram pessoas de Senegal, Nigéria, República Dominicana e Bangladesh. No momento, de acordo com Jorge Viana, há 1.300 estrangeiros ilegais acampados em um clube de Brasileia, esperando a legalização de sua situação - O Globo, 9/4, País, p.4.Quem manda matar"O mandante dos assassinatos no Pará não é um criminoso solitário. A sua absolvição tende a produzir mais violência na região. O fato de que os assassinos foram condenados a penas pesadas talvez sirva apenas para elevar o preço de outras mortes. E a escandalosa absolvição do mandante dos assassinatos em Marabá é óbvio estímulo a novos crimes. Até que os tribunais comecem a condenar quem encomenda assassinatos com a mesma severidade com que tratam quem aperta o gatilho. Ou melhor ainda, com maior rigor", artigo de Luiz Garcia - O Globo, 9/4, Opinião, p.17. | | | Energia | | | BNDES prevê mais crédito para setor elétricoA previsão do BNDES para o setor elétrico é desembolsar R$ 17,5 bilhões em 2013, montante 1,7% superior ao total liberado em 2012. Também estão previstos R$ 18,5 bilhões para 2014 e R$ 19,9 bilhões para 2015. Os desembolsos serão puxados pelos grandes empreendimentos hidrelétricos, principalmente Belo Monte. Em número de projetos, os setores com a maior participação são o de energia eólica, transmissão e distribuição. Dentro da atual carteira de projetos financiados pelo banco aparecem 13 hidrelétricas, com valor total de R$ 49,6 bilhões. Os parques eólicos participam com 44 projetos, somando R$ 15 bilhões. O segmento de distribuição totaliza 45 projetos (R$ 15,3 bilhões), e a área de transmissão tem 56 projetos, com R$ 13,8 bilhões - Valor Econômico, 9/4, Brasil, p.A4. Leilão abre chance para usina a carvãoA decisão do governo de incluir usinas a carvão mineral no próximo leilão de energia, no segundo semestre, levou empresários a revisar projetos engavetados por conta de problemas ambientais. Eles calculam que cerca de R$ 10 bilhões em negócios sejam gerados a partir da construção de três térmicas a carvão. Apesar de criticadas pela grande emissão de gás carbônico, as usinas têm autorização para entrar em operação - Valor Econômico, 9/4, Empresas, p.B11. Ambientalista critica decisão e defende outras opçõesA inclusão das térmicas a carvão em novos leilões de energia é um pesadelo para muitas organizações ligadas ao meio ambiente, as quais já davam o assunto como caso encerrado. "Vemos essa decisão com muita preocupação. O carvão brasileiro é de péssima qualidade, gera altíssimo grau poluente, além de ser muito caro", diz Carlos Rittl, da WWF no Brasil. "Temos projetos de eólicas, biomassa e solar mostrando bons resultados. É lamentável ver que o país segue na contramão de um movimento global. A Índia, por exemplo, investe hoje 100 vezes mais que o Brasil em energia solar. Em 2011, nós gastamos US$ 50 milhões nesses projetos. Os indianos colocaram US$ 5 bilhões na energia solar" - Valor Econômico, 9/4, Empresas, p.B11. Lobão descarta risco de racionamentoA cúpula do setor elétrico no governo federal convocou a imprensa para negar a possibilidade de racionamento de energia durante a Copa das Confederações, neste ano, e a Copa do Mundo, no ano que vem. O diretor-geral do ONS, Hermes Chipp, disse que o risco de desabastecimento de 9% apontado pelo Plano Mensal de Operação deste mês, na realidade, é menor, porque o cálculo não leva em conta o uso das termelétricas - O Globo, 9/4, Economia, p.21. Petrobras leva multa de R$ 10 milhões por vazamentoA Petrobras foi multada ontem em R$ 10 milhões pela Cetesb por causa do vazamento de combustível que atingiu praias do litoral norte de São Paulo nos últimos dias. O vazamento, que ocorreu na última sexta, já atingiu 14 praias da região, dez em São Sebastião e quatro em Caraguatatuba, segundo prefeituras e Cetesb. A Petrobras fala em nove praias atingidas. A Prefeitura de São Sebastião também aplicou ontem multa de R$ 50 mil por dez infrações, valor que ainda pode aumentar, e o Ibama estuda punir a estatal - FSP, 9/4, Cotidiano, p.C6; OESP, 9/4, Vida, p.A15; O Globo, 9/4, Economia, p.25. Chevron volta a operar no campo de FradeApós um ano sem produção de petróleo no campo de Frade, na Bacia de Campos (litoral do Estado do Rio), a Agência Nacional do Petróleo (ANP) autorizou a Chevron a voltar a operar a área. O campo teve a produção suspensa em março de 2012, após vazamentos de óleo. A Petrobrás é parceira da Chevron no campo, o oitavo maior em termos de produção até janeiro de 2012 - OESP, 8/4, Economia, p.B1; O Globo, 9/4, Economia, p.25. | | | Geral | | | Índios tupinambá ocupam hotel na Bahia e cobram demarcação de terrasUm grupo de índios tupinambá ocupa desde domingo à noite um hotel de luxo próximo a Ilhéus (BA). A ocupação do Hotel Fazenda da Lagoa foi a forma escolhida pelos índios para cobrar rapidez no reconhecimento e na demarcação de uma área próxima ao hotel. Edinaldimar Barbosa da Silva, coordenador regional da Funai, informou que a ocupação é de caráter permanente. "Eles não têm pretensão de sair, pois alegam se tratar de terra indígena e aguardam a demarcação. A ocupação é pacífica, sem violência e sem obstrução de acesso dos proprietários ao local, caso queiram retirar algum bem", disse. "O hotel não está funcionando porque houve um embargo do Ibama por irregularidade", ressaltou Edinaldimar - O Globo, 9/4, País, p.4; FSP, 9/4, Cotidiano, p.C4. Corredor verde no Sul do BrasilParceria entre empresa hidrelétrica, agricultores e ambientalistas começa a dar frutos em Itaipu, onde geração de energia, agricultura e vida selvagem se encontram. Se fossem colocadas em linha reta, as 43 milhões de árvores plantadas nos últimos dez anos no corredor ecológico que margeia o Parque Nacional do Iguaçu dariam sobra por 1.321 quilômetros. As árvores, todas de espécies nativas da Mata Atlântica do Sul do Brasil, são o exemplo mais evidente de um projeto que busca conciliar com a preservação do meio ambiente os interesses muitas vezes conflitantes de empresas e agricultores. A ideia é conservar sem deixar de lucrar - O Globo, 9/4, Amanhã, p.22 a 28. Por contaminação, CSN vai pagar R$ 35 miA Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) foi multada ontem em R$ 35 milhões pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) por causa da contaminação no terreno cedido para a construção de 791 casas em Volta Redonda, no sul fluminense, onde vivem hoje 2,2 mil pessoas. Além da multa, o Inea determinou que a CSN apresente e inicie em até 15 dias um programa para realocação desses moradores e, em até uma semana, um cronograma para avaliar as condições de saúde da população local. A CSN também deverá apresentar em até 30 dias um plano para retirada dos resíduos tóxicos e recuperação do terreno. A empresa irá recorrer - OESP, 9/4, Vida, p.A15; FSP, 9/4, Cotidiando, p.C7. Ameaça ao Paraíba do SulA contaminação do solo no entorno da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) por metais pesados atinge as águas do Rio Paraíba do Sul, que abastece a Região Metropolitana do Rio. E a empresa tem conhecimento dessa situação desde 2004, segundo informações de uma ação do Ministério Público Federal, de junho do ano passado. No documento, o procurador Rodrigo da Costa Lines sublinha que o dano ao Paraíba do Sul é "sumariamente comprovado" por meio de estudos realizados pelas empresas de consultoria ambiental Walterloo e Nickol, contratadas pela própria CSN - O Globo, 9/4, Rio, p.8. Mudança climática intensifica turbulência em voosO aquecimento global deve dobrar a ocorrência de turbulência de céu claro nas viagens aéreas. Além de mais frequentes, esses sacolejos causados por variação de velocidade de correntes de ar -menos comuns do que a turbulência ligada a tempestades- devem ficar mais intensos até a metade deste século. Um trabalho, publicado na revista "Nature Climate Change", usou um supercomputador para simular a ocorrência de eventos atmosféricos em diferentes cenários climáticos e, assim, estimar o impacto das temperaturas elevadas sobre as turbulências. O grupo identificou que o incremento na frequência das turbulências de céu claro pode ficar entre 40% e 170%. Mas o cenário mais provável é que a quantidade de tremores aéreos dobre até a metade deste século - quando, segundo projeções, a temperatura terá subido até 2 oC - FSP, 9/4, Ciência, p.C10. O MP e o Código Florestal"Na história recente do Congresso Nacional, nenhuma lei foi tão debatida quanto a do novo Código Florestal. Apareceu o Ministério Público (MP) para reabrir o debate ao questionar a constitucionalidade de 23 dispositivos da nova legislação. A Procuradoria-Geral da República encaminhou ao Supremo Tribunal Federal três ações diretas de inconstitucionalidade (Adins) que estigmatizam reformas feitas pelo Congresso acerca das áreas de preservação permanente (APPs) e de reserva legal e da suposta anistia a produtores rurais punidos por degradação ambiental. Como as ONGs não têm legitimidade para propor Adins, um setor do Ministério Público assumiu a tarefa de desqualificar o Congresso em seu papel soberano e discricionário de legislar", artigo de Aldo Rebelo - OESP, 9/4, Espaço Aberto, p.A2.Nome aos bois"Li recentemente, neste jornal, a afirmação:'"Alguns dos maiores frigoríficos brasileiros já foram flagrados comercializando carne de boi criado em fazendas instaladas em unidades de conservação ou terra indígena e até, em alguns casos, onde houve trabalho escravo'. Que frigoríficos, que casos? Sem dar nome aos bois, compromete-se todo o setor que fez do Brasil o segundo maior produtor mundial de carne bovina e o primeiro em exportação. Jamais defendemos trabalho escravo, grilagem ou desmatamento irresponsável. Os que aí delinquem devem ser punidos pela Justiça. Mas tão grave quanto os delitos é atribuí-los genericamente a todo um setor, sobretudo diante dos interesses econômicos internos e externos envolvidos e dos danos sociais que provoca", artigo de Kátia Abreu - O Globo, 9/4, Opinião, p.17. | |
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