Direito ao sol ameaçado!!! Era uma questão de tempo… e de mercado imobiliário, insuflado pela onda, não da praia, mas do crescimento econômico do Polo Naval. Fato é que a praia do Cassino, sua população e seus ecossistemas acabam de “ganhar” à sua lista de riscos à qualidade de vida e obstáculos à busca da sustentabilidade mais ameaça: a tentativa de construir “espigões”(seria melhor se os chamássemos de “sombreadores”, para sermos suaves), na beira da praia, empreendimentos (leia-se “impactamentos”) típicos de áreas desamamente urbanizadas e/ou onde a expansão urbana horizontal já não é mais possível (também há que se analisar, e discutir, se a expansão urbana deve se dar no Cassino e, se sim, como ela será. E quem deve decidir isso é a população e não menos de meia dúzia de especuladores imobiliários, apoiados por gestores públicos sem compromisso com a qualidade ambiental). É fato que o Balneário do Cassino vem sofrendo um processo de descaracterização com a destruição de seus casarões antigos, do século passado; com a alteração arbitrária da paisagem costeira, como a instalação dos parques eólicos (http://blogs.discovermagazine.com/collideascape/2013/11/18/precautionary-principle-shut-wind-turbines/?fb_action_ids=591232317592493%2C591224940926564&fb_action_types=og.likes&fb_ref=.UopsV19IaKw.like&fb_source=other_multiline&action_object_map=%7B%22591232317592493%22%3A1393652897543262%2C%22591224940926564%22%3A1432738093620804%7D&action_type_map=%7B%22591232317592493%22%3A%22og.likes%22%2C%22591224940926564%22%3A%22og.likes%22%7D&action_ref_map=%7B%22591232317592493%22%3A%22.UopsV19IaKw.like%22%7D#.Upy_0sRwqSp); com a ocupação urbana “desplanejada” (ou planejada contra a natureza e a população) para atender a demanda do polo naval, o que tem comprometido a sua característica turística, já que verificam-se reflexos negativos no transito, no comercio local, nos usos dos espaços públicos, o que tem causado grandes debates e indignações por um lado, mas também euforia por outro, especialmente pelos que adquirem vantagens ou creem que poderão adquiri-las, pela materialização do “desenvolvimento”. Essas descaracterizações do balneário do Cassino, que tem uma marca própria, delineada pela sua horizontalidade urbana, passam por retrocessos legais, muitos deles sem transparência, como a alteração de regras urbanísticas que permitem a derrubada de imóveis tombados, o fim do recuo de ajardinamento e, mais recentemente, o fim do limite de andares na beira da praia. Tudo pelo capital!!! Para Luiz Rampazzo, do CEA, que esteve presente na audiência pública (21.11.13), na Sociedade de Amigos do Cassino (SAC), que tratou da proposta de edificação, a construção dos tais “tira-sol”, “além de beneficiar uma pequena parte da população (elite), vão trazer impactos ambientais significativos para o ecossistema de dunas”. O CEA, que é membro do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (COMDEMA), entende que este colegiado ambiental, e não somente o Conselho do Plano Diretor, deve se manifestar sobre tal tentativa de adequar a lei aos interesses econômicos e defende a realização de outras audiências públicas para tratar do tema, bem como estuda medidas judiciais. |