RS : A cidadania vigiada e oprimida

Se pediu ciclovia e o ciclista não levou. Se pediu passarela e o pedestre não levou. Resultado: só em 2013 11 mortes humanas, fora a contagem de atropelamentos cotidianos da vida não humana, que deve ser realizado pelo Programa de Monitoramento da Fauna, conforme o licenciamento ambiental. Mas esses dados não estão disponíveis publicamente.
Além de não existir via, caminho, e muito mesmo estrada alternativa aos nove reais (só para carros) para se deslocar de Pelotas para Rio Grande e vice-versa; além de perderem parentes, amigos, vizinhos nas rodovias que servem ao Polo Naval; além de verem a fauna e a flora nativa degradada durante sua construção e operação, a população não pode mais protestar livremente.
Pois é… uma atividade pelo exercício da cidadania foi proibida de pronto pela justiça federal a pedido da empresa que explora… e explora mesmo a todos que usam a BR 392.
Talvez por não querer perder nenhum centavo e com receio de que o governo federal lhes retire essa “fábrica de dinheiro” ou pelo menos a diminua, a empresa exploradora da rodovia não deseja que o fluxo pare e nem mesmo diminua e assim, deixe de passar grana fácil pelos pedágios.
Contudo, mesmo com essa tentativa de sufocar a cidadania, ao meio dia de domingo (09.06), foi realizada manifestação na RS 734 (Rio Grande-Cassino).