Os manifestantes jogaram laranjas contra a sede da Prefeitura e quebraram a porta de vidro da agência do Banco Itaú, na Av. Borges de Medeiros. Após o incidente, os manifestantes foram acompanhados de perto por integrantes do Batalhão de Choque da Brigada Militar. O grupo seguiu em caminhada e passou a protestar no cruzamento entre a rua Lima e Silva e a avenida Loureiro da Silva, bloqueando o tráfego no sentido bairro-Centro em direção ao Parque da Redenção. No trajeto, segundo a Brigada Militar, vidros de pelo menos duas agências bancárias foram quebrados e um ônibus foi danificado. À tarde, o Ministério Público do Estado (MP) explicou que o corte de árvores antes do fim do prazo para órgão contestar a decisão judicial que permitia a derrubada impede o órgão de recorrer à Justiça. A promotoria especializada em recursos sustenta que não há sentido em tentar reverter a medida, uma vez que os vegetais já foram retirados, nessa madrugada. O MP defendia o plantio de 897 árvores como compensação, e não 401, como promete a Prefeitura. O Tribunal de Justiça, no entanto, por três votos a zero, entendeu que o poder público municipal cumpriu a lei ao decidir tanto pela derrubada quanto pela compensação escolhida. Já foram cortadas 77 árvores para viabilizar a duplicação da avenida Beira-Rio. O destino de outras seis segue pendente de decisão judicial. A Prefeitura defende que é preciso extrair os vegetais para permitir a duplicação da avenida Beira-Rio até a Copa de 2014. Após uma série de manifestações contrárias aos cortes, o Executivo municipal replanejou os cálculos e não vai mais retirar 32 das 115 árvores. Corte foi um dos maiores já realizados em Porto Alegre Autorizado pela Justiça, o corte de 57 árvores no Parque da Harmonia e na avenida Loureiro da Silva, em Porto Alegre foi uma dasmaiores ações de retirada de vegetais já realizada na cidade no período recente, de acordo com a Secretaria de Meio Ambiente (Smam). Cerca de 40 profissionais entre servidores e terceirizados, além de nove caminhões, dois deles de operações especiais, trabalharam ao longo de quatro horas na ação – das 5h até quase 10h. Alguns dos manifestantes, que estavam acampados há cerca de dois meses no local, chegaram a ser detidos e precisaram assinar termo circunstânciado. Houve relatos de truculência por parte da Brigada Militar durante a ação. ***************************************** Fonte: Rádio Guaíba e Correio do Povo (Com informações do repórter Cristiano Soares / Rádio Guaíba e Gisiane Santos / Correio do Povo) |