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Os caçadores matam os elefantes e o marfim é traficado para a Ásia, onde é vendido para que sejam feitas pulseiras, jóias e ornamentos. Ainda hoje, os turistas continuam a comprar peças de marfim ignorando completamente o que estão ajudando a financiar. Há centenas de lojas na China e na Tailândia que comercializam o produto. As equipes de fiscalização governamentais, bem como a fiscalização online estão fazendo pouco ou quase nada para impedir este comércio – apesar de ser ilegal. As informações são do Facebook “International Animal Rescue Foundation World Action South Africa.”
A maior empresa de turismo do Reino Unido, embora não endosse a compra de marfim, meramente diz a seus clientes para “- Terem cuidado com qualquer coisa que contenha produtos feitos de marfim, tartaruga marinha, corais, flores ou pele de répteis. O comércios de lembranças feitas com elementos da vida selvagem é controlado internacionalmente para salvaguardar as espécies, então seus presentes podem ser confiscados pela alfândega, em seu retorno.”
Entretanto, embora este aviso seja de domínio público, os turistas continuam a comprar marfim e com isto o dinheiro volta aos caçadores e ao comércio do mercado negro. Muitos turistas estão, involuntariamente, ajudando a levar uma das espécies com mais risco de extinção do mundo, a sua extinção em si – tudo por causa de uma lembrança exótica. Embora os últimos números indiquem que alguns itens do comércio de produtos da vida selvagem sejam trazidos por criminosos, a maioria parece ser inocentemente trazida na volta das férias como lembranças.
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No último ano, cerca de 158 mil plantas ilegais como o Ginseg Americano, orquídeas e 221 produtos feitos com marfim e pele e 959 répteis vivos como cobras, lagartos e tartarugas foram aprendidos pela alfândega. Muitos itens passarão pela alfândega sem serem descobertos e estes números são somente no Reino Unido. Se considerarmos todos os turistas de outras partes do mundo, incluindo muitos outros países com procedimentos alfandegários mais brandos e onde as pessoas não se importam com a compra de produtos da vida selvagem, é possível imaginar o tamanho do problema.
O número de produtos feitos com marfim encontrados à venda subiu de 5.865 em janeiro de 2013 para 14.512 em maio deste ano, enquanto entre janeiro e dezembro de 2013, o número de lojas que vendem marfim cresceu de 61 para 105. Pelo menos vinte mil elefantes africanos foram mortos em 2013 por caçadores , para suprir a alta demanda da Ásia, onde a Tailândia tem a não invejável reputação de ser o lugar com o maior número de mercados de marfim irregulares do mundo. Acredita-se que gangues transnacionais asiáticas estão por trás deste tráfico. De certa forma, uma lei de 75 anos que permite o comércio legal de marfim de elefantes domesticados na Tailândia é culpada pela atual crise do tráfico.
“As autoridades tailandesas estão adiando por quase duas décadas a revisão de sua ultrapassada legislação sobre o marfim e a paciência do mundo com ela está se esgotando – já é hora de revisar e fechar a brecha legal que permite a lavagem do marfim de elefantes africanos, bem como o comércio aberto de outras espécies relacionadas na CITES – Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção – e fechar o comércio ilegal de marfim,” disse Chris Shepherd, Diretor regional da TRAFFIC no sudeste asiático.
Apesar das proibições internacionais da venda de marfim e regulamentações declarando ilegal, muitas das lojas em Bangkok têm placas mirando em compradores chineses, minando diretamente os esforços da China em desencorajar a compra de marfim por seus cidadãos que viajam ao exterior. Em 2013, a Tailândia deu boas-vindas a 26.7 milhões de visitantes, de acordo com a Autoridade de Turismo da Tailândia, com a China no topo da lista com 4.7 milhões de turistas, um pulo de 69% se comparado a 2012 quando o total de turistas era quase 20%.
“O grande crescimento no número de turistas significa que as autoridades alfandegárias deveriam inspecionar com mais rigor os visitantes saindo ou retornando da Tailândia com lembranças feitas de marfim,” disse Shepherd. “A mensagem deveria estar chegando aos turistas que visitam a Tailândia de forma clara e firme – compre marfim e estará comprando problemas.” Ironicamente, os elefantes são venerados na Tailândia como uma parte importante da identidade do país, já que são parte integral das crenças e cultura tailandesas. Apesar disto, a Tailândia está sempre presente nas análises do ETIS – Sistema de Informações sobre o Comércio de Elefantes, gerenciado pela TRAFFIC em nome da Conferência das Partes da CITES, como um dos países mais problemáticos no mundo em relação ao comércio do produto.
“A Tailândia tem que cumprir suas obrigações internacionais – já ouvimos promessas de tomada de ação antes, mas o mundo ainda está esperando ver o país cumprir os comprometimentos públicos que fez,” disse Shepherd. E se você pensa que tudo isto é ruim, o
Facebook
respondeu aos pedidos da International Animal Rescue Foundation no ano passado e há cerca de três meses removeu as páginas de 30 comerciantes de marfim – que voltaram a funcionar novamente. Veja as páginas que difundem esta indústria cruel.
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