Ibama rejeita projeto de mineração em MG que resultaria no maior reservatório de rejeitos do país
Universo Energético

Ibama rejeita projeto de mineração em MG que resultaria no maior reservatório de rejeitos do país



notícia

A Diretoria de Licenciamento Ambiental (Dilic) do Ibama rejeitou o projeto Vale do Rio Pardo, apresentado pela mineradora Sulamericana de Metais (SAM), por inviabilidade ambiental. O complexo minerário, localizado nos municípios de Padre Carvalho e Grão Mogol, em Minas Gerais, teria o maior reservatório de rejeitos do país, além de uma adutora, um mineroduto até Ilhéus (BA) e uma estação de desaguamento em território baiano. O parecer técnico que embasou a decisão aponta que “os impactos negativos e riscos ambientais aos quais podem estar expostas as comunidades vizinhas e o meio ambiente não permitem que se ateste a viabilidade ambiental do projeto”. A conclusão da equipe técnica foi informada à mineradora por meio de ofício no dia 22/03.
Entre as preocupações se destacam os impactos relacionados aos recursos hídricos e à qualidade do ar, que demandam medidas de mitigação complexas. O projeto resultaria na geração de volume muito grande de rejeitos, o que evidencia escolha tecnológica incompatível com as técnicas mais modernas de mineração, que buscam minimizar a dependência de barragens de rejeitos. O complexo de mineração projetado pela SAM prevê a construção de três reservatórios. O maior deles, localizado na cabeceira do córrego Lamarão, tem capacidade para 1,3 bilhão de metros cúbicos de rejeitos. Os outros dois teriam 524 milhões de m³ e 168 milhões de m³, totalizando 2,4 bilhões de m³. O maior reservatório do país hoje, segundo dados do Cadastro Nacional de Barragens de Mineração, pertence à Barragem do Eustáquio, da Rio Paracatu Mineração, em Minas Geais, com capacidade para 750 milhões de m³. A segunda maior atualmente em operação é a de Santarém, com 672 milhões de m³, da mineradora Samarco, responsável pelo desastre provocado pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG).
O projeto Vale do Rio Pardo foi avaliado pela primeira vez em 2013. Na época, pareceres elaborados pela Dilic indicaram a necessidade de complementação e esclarecimentos. Ao analisar o novo estudo realizado pela SAM, a equipe concluiu que estava diante de um projeto completamente diferente e que, por esse motivo, seria necessária uma nova avaliação de impacto ambiental e um novo Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD), além da realização de uma quarta audiência pública. A última versão do projeto foi protocolada no Ibama em outubro de 2015 e reprovada em fevereiro deste ano.
“Não entramos na discussão sobre segurança de barragem, que é uma atribuição do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). Nossa avaliação é que a área impactada pelo grande volume de rejeitos inviabiliza o projeto”, disse o diretor da Dilic, Thomaz Toledo.
Fonte: Ibama
in EcoDebate, 04/04/2016





- Justiça Dá Prazo De Cinco Dias Para Samarco Conter Vazamento De Rejeito
Imagem mostra destruição momentos após o vazamento da barragem da mineradora Samarco, em Mariana. Foto: Corpo de Bombeiros/MG – Divulgação O Tribunal de Justiça de Minas Gerais deu prazo de cinco dias para que a Samarco acabe...

- Vazamentos Em Barragem Da Samarco Motivam Nova Ação Do Ministério Público
Cinco meses após o rompimento da barragem da Samarco, a lama de rejeitos continua escoando para o meio ambiente. A situação levou o Ministério Público de Minas Gerais a apresentar uma nova ação civil pública, nesta segunda-feira (4), solicitando...

- Samarco Pede Novo Adiamento De Depósito De R$ 2 Bilhões Para Fundo De Recuperação Da Bacia Do Rio Doce
A Samarco, a Vale e a BHP Billiton pediram à Justiça o adiamento do prazo para fazer um depósito de R$ 2 bilhões no fundo para a recuperação ambiental e social da bacia do Rio Doce, devastada pela lama liberada com o rompimento da barragem de Fundão,...

- Ibama Recusa Proposta Da Samarco E Exige Novo Plano De Recuperação Ambiental
Lama da barragem do Fundão, da Samarco em Mariana, atinge o rio Doce. O Ibama encaminhou ofício nesta quarta-feira (27/01) à mineradora Samarco, responsável pela catástrofe ambiental provocada pelo rompimento de barragem em Mariana (MG), exigindo...

- Rompimento Da Barragem Da Samarco: Relatório Avalia Impactos Sociais E Econômicos Da Tragédia Em Mariana
Foto: Agência Brasil / IHU Documento elaborado por pesquisadores do grupo Política, Economia, Mineração, Ambiente e Sociedade (Poemas) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) evidencia a situação da mineração em Minas Gerais e no Brasil....



Universo Energético








.