greenpeace 300x199 Holanda leva caso de ativistas presos a tribunal internacional
A ativista brasileira Ana Paula Maciel durante audiência em tribunal de Murmansk, noroeste da Rússia. Foto: Dmitri Sharomov/Greenpeace
Governo holandês decide apelar em corte internacional da prisão dos 28 ativistas e dois jornalistas após protesto pacífico contra a exploração de petróleo no Ártico.
O governo holandês anunciou hoje que dará início a um processo de arbitragem contra a Rússia, com base na Convenção das Nações Unidas sobre o direito do mar, pela liberdade dos 28 ativistas e dos dois jornalistas atualmente detidos no país, acusados pelo crime de pirataria.
Autoridades russas, agora, serão convocadas a prestar esclarecimento sobre suas ações perante um tribunal internacional de direito, onde será muito difícil justificar as absurdas alegações de pirataria. O próprio presidente russo, Vladmir Putin rechaçou a ideia de que os manifestantes do Greenpeace eram piratas. “É absolutamente evidente que eles não são piratas”, disse.
“O Greenpeace Internacional aplaude a decisão do governo holandês de tomar as medidas legais necessárias para libertar as trinta pessoas detidas injustamente e liberar o navio Arctic Sunrise”, disse Jasper Teulings, conselheiro legal do Greenpeace Internacional. “A Holanda está se posicionando em apoio ao Estado de direito e pela liberdade de protesto pacífico.”
O navio Arctic Sunrise navega sob a bandeira holandesa.
Juristas internacionais têm descrito as acusações de pirataria contra os ativistas do Greenpeace Internacional e dos jornalistas freelancers como infundadas. O navio Artic Sunrise foi apreendido ilegalmente em águas internacionais e toda sua tripulação foi presa após protesto pacífico contra a exploração de petróleo no Ártico.
“Esperamos que outros países, especialmente aqueles que possuem cidadãos entre os detidos, prestem o apoio necessário ao governo holandês nesta iniciativa louvável”, disse Teulings.
* Publicado originalmente no site Greenpeace.
(Greenpeace)