Manifestantes entoaram “gritos de paz” pela liberdade da brasileira Ana Paula Maciel e de todo o grupo preso na Rússia. Foto: Greenpeace/Caio Eugenio
Cerca de 200 manifestantes se juntaram no vão livre do MASP, em São Paulo, em solidariedade aos ativistas presos na Rússia após protesto pacífico.Cerca de 200 pessoas se juntaram na manhã deste sábado no vão livre do MASP, em São Paulo, em um ato global de solidariedade às 30 pessoas presas na Rússia após protesto pacífico. O ato aconteceu em mais de 140 cidades, de 47 países. Vestidos de branco e ao som de maracatu, os manifestantes entoaram “gritos de paz”, pedindo a libertação dos ativistas, incluindo da brasileira Ana Paula Maciel, de 31 anos.
Durante o evento, o público tirou fotos e escreveu mensagens de apoio que foram estendidas em um varal. Todo o material será enviado a Ana Paula. “Viemos nos somar a milhares de pessoas ao redor do mundo que estão pedindo a liberdade desse grupo de 30 pessoas detidas na Rússia.
“Queremos demonstrar solidariedade, mas também trazer uma mensagem de paz e alegria”, disse Fernando Rossetti, diretor-executivo do Greenpeace Brasil. “Uma acusação de pirataria contra um protesto não violento é um grave precedente contra a liberdade de expressão. Aqueles ativistas estavam lá em defesa do Ártico e do planeta e agiram de modo pacífico, como sempre fizemos ao longo dos nossos 40 anos de história.”
“Estou emocionada com a presença de tantas pessoas que não conheciam minha filha, mas que vieram aqui prestar solidariedade”, disse Rosangela Maciel, mãe da ativista brasileira detida na Rússia. “Eu não só tenho esperança, como tenho a certeza de que minha filha, muito em breve, voltará para casa. Ela só fez o bem e não pode ser culpada por isso.”
Rosangela fez ainda um apelo à presidente Dilma por sua intervenção no caso: “A presidente Dilma foi uma guerreira como minha filha e já foi presa porque lutava por algo que acreditava. Acredito que como mãe, ela vai se solidarizar com a Ana Paula e intervir junto às autoridades russas pela libertação de minha filha e das outras pessoas presas”, concluiu.
Vinte oito ativistas e dois jornalistas foram presos no dia 19 de setembro pelas autoridades russas, depois de um protesto pacífico em uma plataforma de petróleo da empresa Gazprom, no mar de Pechora. O Greenpeace Internacional é contra a exploração de óleo no Ártico.
Eles foram presos ilegalmente a bordo do navio Arctic Sunrise, que navegava em águas internacionais. Levados para a cidade de Murmansk, noroeste da Rússia, a acusação de pirataria, o que não se aplica a casos de protestos pacíficos, e podem ser condenados a até 15 anos de prisão.
O Greenpeace dá orientações para quem tem interesse em ajudar na libertação dos 30 do Ártico:
Envie uma mensagem para a presidente Dilma e para o embaixador russo no Brasil pedindo a intervenção deles. Para isso, basta clicar aqui. Compartilhe esse site pelas redes sociais e use a hashtag #LibertemOs30 para divulgar essa mensagem.* Publicado originalmente no site Greenpeace.(Greenpeace)
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