“Não é justo nem com ela, nem com os outros 29 que estavam junto. Soubemos que ela pediu para telefonar, mas não foi autorizada”, disse a mãe, afirmando que a bióloga estava em águas internacionais e pretendia fazer o bem, porque sempre teve preocupação com o meio ambiente. “Não sabemos se ficará 60 dias, ou mais”, relatou. Dois meses é o prazo para que as autoridades da Rússia concluam as investigações sobre a ação realizada no último dia 18. Ao todo, 28 ativistas - incluindo Ana Paula-, um fotógrafo e um cinegrafista permanecerão sob custódia por este período, segundo decisão do tribunal russo. O Greenpeace vai recorrer da decisão. A organização condenou a Justiça russa e afirmou que seus advogados estão trabalhando para apresentar um apelo pela imediata libertação de todos. Apesar de ainda não haver qualquer acusação formal, as autoridades levantaram a hipótese de pirataria, o que é rechaçado pelo Greenpeace. “Essas detenções são como a própria indústria do petróleo, uma relíquia de uma era passada. Nossos ativistas pacíficos estão na prisão por evidenciar a irresponsabilidade da Gazprom (estatal petrolífera russa)”, disse o diretor-executivo do Greenpeace Internacional, Kumi Naidoo. *************************************** Fonte: Karina Reif / Correio do Povo |