Universo Energético
Vistoria do MPF flagra novo deslizamento de lama na barragem Fundão, da Samarco em Mariana
 
		
		
		
  
A  catástrofe socioambiental provocada pelo rompimento de barragem da  mineradora Samarco em Mariana (MG), no último dia 5/11, atingiu 663 km  de rios, com a destruição de 1.469 hectares de terras, incluindo Áreas  de Preservação Permanente (APP), aponta laudo técnico preliminar do  Ibama
 Em vistoria realizada nessa quarta-feira, 27, no complexo minerário pertencente à empresa 
Samarco,  em Mariana/MG, o Ministério Público Federal (MPF) constatou que a  segurança da Barragem Fundão ainda está longe de se confirmar.
 No exato instante em que a equipe do MPF estava no mirante da  ombreira direita da Barragem Fundão, houve uma erosão gigantesca no  dique Sela e uma massa impressionante de rejeitos surgiu no vale.  “Ouvimos nos rádios dos funcionários da Samarco aviso para evacuar a  área da barragem”, relata a procuradora da República Walquiria Picoli,  que estava acompanhada por dois peritos, um engenheiro e um geólogo, que  auxiliam os trabalhos da Força-Tarefa.
 Informada pelos funcionários da empresa de que não havia riscos à  segurança, já que eles se encontravam sobre uma estrutura natural  (morro), a equipe pôde permanecer no local e assistir à descida da massa  de rejeitos, que teria ocorrido em função do acúmulo da água de chuvas  no fundo do reservatório.
 Segundo a procuradora da República, a vistoria, que abrangeu minas,  barragens e concentradores, com visita por terra e sobrevoo, demonstrou  que “o problema continua com proporções inimagináveis. Embora a empresa  esteja monitorando e adotando algumas medidas emergenciais nas  estruturas remanescentes, ficou nítido que há uma ilusão de controle. As  estruturas estão bastante saturadas com a intensa chuva e isso  compromete a estabilidade, conforme pudemos presenciar”.
 Na semana passada, o MPF questionou os autores da Ação Civil Pública  nº 69758-61.2015.4.01.3400 a respeito de noticiado acordo judicial a ser  firmado com a Samarco, inclusive com possibilidade de liberação para o  retorno das atividades da empresa.
 Para a Força-Tarefa, persistem muitas dúvidas sobre a segurança das  barragens e, principalmente, sobre quais teriam sido as melhorias  promovidas pela empresa em seu modo de produção que autorizariam o  retorno das atividades.
 “Está claro que o monitoramento por si só não tem eficácia alguma se  as intervenções não forem eficientes”, conclui Walquiria Picoli.
 Diante desses fatos, o MPF analisa a propositura de medidas judiciais  para que as empresas e o Poder Público adotem medidas emergenciais  efetivas para garantir a segurança das pessoas e a mitigação de  eventuais novos deslizamentos de rejeitos.
 Vídeo 1 – Em terra
 Vídeo 2 – Sobrevoo 
 Fonte: 
Ministério Público Federal em Minas Gerais in EcoDebate, 01/02/2016 
  
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