Último rinoceronte-branco-do-norte vivo recebe segurança armada 24 horas por dia
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Último rinoceronte-branco-do-norte vivo recebe segurança armada 24 horas por dia


24 de abril de 2015 

(da Redação da ANDA)
Foto: Care2
Foto: Care2
Resta apenas um rinoceronte-branco-do-norte macho vivo na Terra. Seu nome é Sudan. Graças à incansável ameaça representada pelos caçadores, ele deve ter uma equipe de seguranças armados ao seu lado 24 horas por dia. As informações são da Care2.
Aos 40 anos de idade e perto do fim de seu ciclo natural de vida, Sudan subitamente tornou-se o último macho vivo de sua espécie em 2014, quando os outros dois morreram, em outubro e dezembro.
Há pouco tempo, na década de 60, existiam mais de 2.000 rinocerontes-brancos-do-norte no mundo. Nas décadas que se seguiram, caçadores conseguiram dizimar esses indivíduos. Agora, restaram somente cinco.
A dramática situação de Sudan até mesmo inspirou a criação de uma hashtag por seus apoiadores – #lastmalestanding (“último macho sobrevivente”). Ele vive na reserva sem fins lucrativos Ol Pejeta Conservancy, no Quênia, graças a um acordo de 2009 que permitiu a transferência de quatro deles do Zoológico Dvur Kralove, em Labem, na República Tcheca.
Os outros rinocerontes-brancos-do-norte que estão vivos são quatro fêmeas – duas delas chamam-se Najin e Fatu, e vivem com Sudan na reserva Ol Pejeta Conservancy; a terceira está na República Tcheca, e a outra se chama Nola e está no Zoológico de San Diego.
Vidas em risco
Os corajosos guardas que colocam as suas vidas em risco para proteger Sudan, e também os 105 criticamente ameaçados rinocerontes negros e 23 rinocerontes-brancos-do-sul, são conhecidos como “Rhino Rangers” (“Guardas de Rinocerontes”). Eles defendem essas raras criaturas de caçadores sob grande risco pessoal.
Sudan e um de seus seguranças armados. Foto: Ol Pejeta Conservancy
Sudan e um de seus seguranças armados. Foto: Ol Pejeta Conservancy
“Nós somos uma equipe de 32 indivíduos encarregados de guardar uma reserva de 364 km²”, disse Simor Irungu, que faz parte dos Rhino Rangers, ao World of Animals.
“O planejamento e a prevenção de ataques é algo desafiador”, acrescentou Irungu. “Com a crescente demanda por marfim e chifre de rinocerontes, nós enfrentamos muitas tentativas de caça e, enquanto conseguimos conter um grande número delas, nós frequentemente arriscamos as nossas vidas no cumprimento do dever”.
Caçadores gananciosos aceleram o fim de uma espécie
Os rinocerontes são mortos por caçadores pois o pó obtido com os seus chifres é comercializado em alguns mercados por seu suposto valor medicinal. Esses chifres alcançam o valor chocante de 75 mil dólares por quilo, de acordo com uma reportagem do The Guardian. Para obter esses chifres, os caçadores literalmente cortam-lhes dos rostos dos rinocerontes, não importa se vivos ou mortos.
Esse é o destino do qual os Rhino Rangers tentam desesperadamente poupar Sudan e os outros rinocerontes que eles protegem. Para fazer isso, eles necessitam de recursos e, reconhecendo essa necessidade, a Ol Pejeta Conservancy começou um esforço de levantamento de fundos chamado “Keep Rhino Rangers Safe”. A organização está surpresa e grata com a resposta que têm recebido do público.
“Uau! O apoio que temos recebido de todo o mundo está sendo incrível. Obrigado a vocês novamente, muito obrigado”, diz a página da Ol Pejeta Conservancy na Internet, dedicada a atualizações sobre a unidade de captação de recursos.
Sudan agora usa um rádio transmissor para ajudar na sua proteção. Os responsáveis por tentar mantê-lo seguro decidiram que seriam mais bem sucedidos se eles “se livrassem” da única coisa que realmente ameaça Sudan.
“Por causa da crise da caça, uma das medidas foi a remoção de seus chifres”, disse Richard Vigne, CEO da Ol Pejeta Conservancy, à ABC News. “Não totalmente, mas espero que o suficiente para reduzir a sua atratividade para os caçadores”.
Sudan, com os chifres retirados sob argumento de proteção para a sua vida. Foto: Ol Pejeta Conservancy
Sudan, com os chifres retirados sob argumento de proteção para a sua vida. Foto: Ol Pejeta Conservancy
Segundo a reportagem, embora pareça um ato cruel e um contra-senso o fato de defensores cortarem uma parte do corpo de um animal para protegê-lo, no caso de Sudan a remoção de seus chifres foi concebida como uma tentativa de salvar a sua vida.
“O seu chifre foi retirado com o único objetivo de deter caçadores”, disse Elodie Sampere da Ol Pejeta Conservancy ao The Dodo. “Se o rinoceronte não tem chifres, ele não desperta interesse nos caçadores. Isso foi feito puramente para mantê-lo seguro”, argumenta Sampere.
Especialistas de vida selvagem têm a esperança de que Sudan cruze com uma das fêmeas remanescentes. Uma tentativa de fertilização in vitro também não está descartada como último esforço para repovoar esta espécie. Algo precisa acontecer rapidamente, pois devido à sua idade, o sobrevivente Sudan talvez não tenha muito tempo.





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