Por Loren Claire Boppré Canales (da Redação da ANDA)
Foto: Divulgação
A cidade de Guadalajara é a segunda cidade do Estado de Jalisco a proibir os circos com animais e agora se junta a Guerrero, Cidade do México e Zapopan no esforço mexicano para fazer com que a escravidão dos animais na indústria do entretenimento seja coisa do passado. As informações são do PETA Latino e Informador.
O novo código do artigo 113 do Regulamento de Espetáculos do Município de Guadalajara estabelece que está “proibido em todo o território municipal o estabelecimento temporário ou permanente de espetáculos circenses ou similares, que ofereçam ou utilizem com fins comerciais, beneficentes ou didáticos seja como atração principal ou secundária, a exploração de animais de qualquer que seja sua espécie”.
Os circos que violem a proibição de usar animais serão multados em até $4.500 (aproximadamente R$ 814,00) e a legislação também permite às ONGs de proteção aos animais acompanhar funcionários do governo durante as inspeções, levantando ainda mais o véu sobre a crueldade do circo. De agora em diante, a Unidade de Proteção Animal do município deverá verificar e acreditar que os espetáculos que chegam a cidade não contam com nenhum animal em seu espetáculo. Se for provado o contrário, o local onde ocorrerão as apresentações será fechado. Negar o acesso a qualquer uma dessas ONGs também poderá gerar uma multa que custará aos circos de três a cinco mil pesos (R$543,00 a 904,00).
E se for demostrado que são utilizados animais dentro do espetáculo circense, a prefeitura de Guadalajara poderá aplicar uma multa com penas que vão dos seis aos sessenta mil pesos (cerca de R$1.084 a R$10.849,00).
Depois de serem arrancados de seu habitat natural, os animais utilizados nos circos são espancados até ficarem submissos e são mantidos em um constante estado de medo. Para obrigá-los a realizar truques sem sentido e frequentemente perigosos, os treinadores utilizam chicotes, coleiras apertadas, focinheiras, choques elétricos, bullhooks e outras ferramentas dolorosas próprias desta indústria. Quando não estão atuando, os elefantes estão continuamente acorrentados, enquanto os tigres, macacos, cães, aves e outros animais permanecem dentro de jaulas muito pequenas. Estes seres aprisionados viajam longas distâncias sob extremas condições climáticas, fechados em suas celas e constantemente são privados de alimento, água e atendimento veterinário.
Nota da Redação: No Brasil, os estados de Alagoas, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo e Minas Gerais têm legislação que proíbe o uso de animais em circo. O Pl 7291/06, de autoria do Senador Álvaro Dias (PSDB-PR), que tem como objetivo proibir animais em circos em todo o país, se encontra pronto para pauta no plenário e consta como prioridade. Escreva para o Presidente da Câmara, o Deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e exija a aprovação do projeto com urgência:
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