Após o caos na gestão do estado do Rio Grande do Sul, que “coincidiu” com o inicio do seu governo, Sartori aponta como solução “mágica“, a velha receita neoliberal e que esta no amago da crise ecológica: o afastamento do Estado como ente regulador de poder e mitigador de injustiças no campo ambiental, no caso, pela a extinção de estruturas públicas. Dentre as estruturas de estado que estão para serem destruídas, num primeiro momento, esta a Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul (FZB/RS) (http://www.fzb.rs.gov.br), integrante do Sistema Estadual de Proteção Ambiental (SISEPRA), o que revela uma visão simplista de administração pública e comprometida como o capital.
É como se nos tivéssemos problemas financeiros em casa, formados por diversos gastos necessários e outros nem tanto e escolhêssemos algumas dessas despesas para serem o foco da ação saneadora, como o custo com a alimentação, por exemplo. Assim, conforme a proposta do governo Sartori, ao contrario de comprarmos alimentos mais baratos e buscar aproveitá-los ao máximo, simplesmente deixássemos, de forma brusca, de comprar alimentos e, como um feitiço, passaríamos a não ter mais problemas com gastos na alimentação. Sim, mas em “compensação”, a longo prazo, ficaremos do doente e morremos de forme. É isso que o atual governo pretende fazer com o já debilitado SISEPRA, adoecê-lo e matá-lo.
Tal postura, associada a outros indicadores e comportamentos do governo Sartori, revela também o descaso desse governo para uma politica ambiental voltada para o cuidar da natureza, mas sim tendo como guia o interesse dos empreendedores, que é um termo criado para falsear, enganar a real essência dos poluidores/degradadores, na maioria capitalistas.
A crise ecológica no RS exige orçamento público proporcional a demanda, o incremento de pessoal e o fortalecimento das estruturas públicas de gestão, com ampliação da democracia, o que passa por um outro Conselho Estadual do Meio Ambiente (CONSEMA) (http://ongcea.eco.br/?s=consema ) e não pelas propostas do atual governo que, contrária a isso tudo, ao mesmo tempo que critica a demora do licenciamento ambiental (mesmo discurso dos chamados empreendedores) toma medidas que diminuem a capacidade do estado em dar conta do processo administrativo do licenciamento ambiental, como a extinção de órgãos e o não nomeação de concursados.
Enquanto o governo Sartori visa extinguir justamente o órgão que pesquisa a extinção de espécies do pampa (recentemente Pelotas passou por isso: http://ongcea.eco.br/?p=4202), nomeia parente de Secretários Estaduais, mantem regalais e altos salários à ínfima elite dos agentes públicos e estruturas públicas que pouco retornam a sociedade pelos seus serviços, em comparação ao seu custo orçamentário, mas que são mantidas como forma de atender interesses não republicanos e acordos com o poder estabelecido.
Assim o CEA e as demais ONGs da Assembleia Permanente de Entidades em Defesa do Meio Ambiente (APEDeMA/RS), estão juntos com os servidores da FZB e todos que não concordam com o retrocesso ambiental num grande abraço simbólico ao Jardim Botânico, situado na avenida Salvador França, no Bairro jardim Botânico, em Porto Alegre, que vai ocorrer na terça-feira, dia 11, a partir das 9 horas.
A FZB “é o órgão responsável pela promoção e conservação da biodiversidade no Rio Grande do Sul. Através do Jardim Botânico, do Parque Zoológico e do Museu de Ciências Naturais, atua nas áreas de pesquisa, educação ambiental, conservação e lazer.”
Fonte: http://www.fzb.rs.gov.br e http://ongcea.eco.br/
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