Avião espalha agrotóxicos em plantação em Sinop, Mato Grosso. Foto: © Greenpeace / Daniel Beltrá
Greenpeace se junta à entidades pelo fim de alimentos nocivos à saúde e pela inclusão de alimentos orgânicos na merenda escolar do municípioRepresentantes de diversas entidades que formam a Frente pela Alimentação Saudável pela Agricultura Orgânica e Contra o Uso de Agrotóxicos, dentre elas o Greenpeace, foram recebidos na Câmara Municipal de São Paulo pelo presidente da Casa, o vereador José Américo (PT). O intuito é pedir apoio ao vereador para que ele mobilize parlamentares pela aprovação de dois projetos de lei por uma alimentação mais saudável na cidade de São Paulo.
O primeiro projeto de lei, o PL 451/2013, foi formulado pelos vereadores Gilberto Natalini (PV), Ricardo Young (PPS) e Nabil Bonduki (PT) e tem como objetivo a obrigatoriedade de inclusão de alimentos orgânicos na alimentação escolar do Sistema Municipal de Ensino do Município de São Paulo. Já o PL 891/2013, de autoria dos vereadores Toninho Vespoli (PSOL) e Nabil Bonduki, proíbe o uso e comercialização de agrotóxicos no Município de São Paulo.
Desde 2008, o Brasil é líder no consumo mundial de agrotóxicos. De acordo com a ANVISA, 20% dos agrotóxicos produzidos no mundo vem parar no País, já que muitos deles são proibidos em seus países de origem.
É impossível ignorar os impactos dessas substâncias, como a abamectina, o acefato, o triclorfom, o carbofurano, entre outros. Esses pesticidas alteram o DNA e levam à carcinogênese, ou seja, a formação de câncer, atingindo desde os trabalhadores rurais e animais até os consumidores finais.
O presidente da Federação Interestadual dos Nutricionistas (Febran), Ernane Rosa, que solicitou o encontro com o vereador José Américo, destaca que essa luta é difícil em âmbito nacional: “O lobby das empresas conseguiu fazer com que a nossa legislação flexibilizasse e permitisse o uso dessas substâncias que já foram banidas em seus países de origem. Em nível nacional é mais difícil lutar contra os ruralistas por isso adotamos a estratégia de barrar localmente, com uma legislação municipal”.
O projeto de lei 891/2013 dispõe também sobre a promoção e valorização da agricultura familiar, que produz alimentos orgânicos e livres de substâncias tóxicas, garantindo preço competitivo e geração de trabalho, sempre com técnicas de produção sustentáveis. O presidente da Câmara Municipal de São Paulo acenou positivamente e sugeriu audiência pública para os próximos dias.
* Publicado originalmente no site Greenpeace. (Greenpeace)
Escolas, cantinas e hospitais terão até 60% de alimentos de origem orgânica. Foto: OekologiplanDanmarkPor Redação do EcoD – A Dinamarca já é o país com maior desenvolvimento e amplitude do comércio de produtos orgânicos, mas se engana...
O Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca) se posicionou ontem (8) contra o modo como os agrotóxicos são usados no Brasil, recomendando sua redução em um documento de cinco páginas, no qual ressaltou os riscos dessas substâncias...
por Redação do EcoD Até hoje, a lei 11.947/2009 obrigava as escolas a comprarem pelo menos 30% dos alimentos dentro da agricultura familiar. Foto: Fernando Pereira/Secom A Câmara Municipal de São Paulo aprovou recentemente um Projeto de Lei (PL)...
por Gabriel Felix, do CicloVivo Os recursos para garantir a produção de alimentos em escala mundial vêm causando danos irreparáveis, não só para o meio ambiente, mas também para a saúde das pessoas. É preciso ficar atento às refeições –...
Dia 3 de dezembro, dia Internacional de luta contra o uso de Agrotóxicos, o Parlamento Gaúcho traz a tona o debate sobre a nossa lei dos agrotóxicos. No entanto, pela conjuntura da comissão que propoõe o debate e pelos convites feitos, o debate...