Em 2013, o Banco Mundial anunciou que limitaria seus financiamentos para projetos de carvão, medida que foi seguida pelo governo norte-americano, que afirmou que só ajudaria iniciativas de carvão em outros países caso não exista outra opção energética viável.
Também no passado, um estudo da Universidade de Oxford identificou 41 fundos de pensão e grupos de investimentos que já possuíam algum tipo de ação para diminuir a participação de petróleo e carvão em seus portfólios.
Agora, 17 fundações norte-americanas, que juntas somam US$ 1,8 bilhão em recursos, se comprometeram nesta semana a não investir mais em empresas de combustíveis fósseis.
“Cada vez está ficando mais claro para as fundações que, se você possui combustíveis fósseis em seu portfólio, você é em parte responsável pelas mudanças climáticas”, afirmou Ellen Dorsey, diretora do Fundo Global Wallace, ao jornal The New York Times.
Entre as fundações que estão abandonando o carvão e o petróleo se destacam a Park Foundation, que administra US$ 335 milhões, e a Schmidt Family Foundation, com US$ 304 milhões e fundada pelo presidente do Google, Eric E. Schmidt.
Golpe duro no carvãoOutra instituição que deve dar adeus ao carvão é o fundo soberano da Noruega, o maior do mundo, com US$ 817 bilhões.
Já está em estudo no Parlamento Norueguês a proposta para proibir os investimentos do fundo em carvão, medida que é apoiada pela maior parte dos legisladores, com exceção da minoria governamental.
Porém, mesmo antes de qualquer decisão do parlamento, os gestores do fundo já divulgaram que estão parando de investir em empresas e projetos de carvão. “Limitamos a participação do carvão no nosso portfólio, e nos últimos dois anos cortamos pela metade esse tipo de investimento”, explicou Yngve Slyngstad, CEO do Banco Norueguês de Gestão e Investimentos (NBIM), que administra o fundo.
Segundo Slyngstad, atualmente US$ 405 milhões do fundo estão investidos em carvão, o equivalente a 0,08% do total do portfólio.
* Publicado originalmente no site CarbonoBrasil. (CarbonoBrasil)
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