Exploração de gás de xisto deve ser monitorada cuidadosamente. Foto: Reprodução/Internet
O ministro da Fazenda George Osborne adora o gás de xisto, mas ele precisa tratá-lo com mais carinhoComo parte de sua “estratégia de gás”, publicada em 5 de dezembro, o governo britânico deu alguns detalhes a respeito de como a Grã-Bretanha pode começar a explorar as abundantes reservas de gás natural em seus leitos de xisto.
Os Estados Unidos experimentaram um boom energético “não-convencional”, baseado em sua maior parte na tecnologia de fraturamento hidráulico (usada para extrair gás de xisto), o que o tornou praticamente autossuficiente em gás barato. Outros países com a geologia certa olharam para o país com inveja. A Grã-Bretanha tem uma chance melhor do que a maioria dos outros países de reproduzir a bonança americana. Como os EUA, a Grã-Bretanha parece ter reservas abundantes. A Cuadrilla, uma empresa que já está perfurando poços de teste, afirma que entre 566 trilhões e 1.132 trilhões de metros cúbicos do material podem ser extraídos apenas do subsolo de Lancashire.
George Osborne, ministro da Fazenda, revisitou nessa semana a ideia de oferecer incentivos tributários para atrair empresas de gás de xisto. Embora a Grã-Bretanha já conte com uma infraestrutura de petróleo e gás bem desenvolvida, boa parte do equipamento e conhecimento necessário para a exploração de gás de xisto ainda é escassa fora dos EUA. Mas investidores potenciais que esperavam descobrir detalhes do incentivo se decepcionaram.
Se o governo britânico de fato leva o gás de xisto a sério, ele precisa fazer mais. Opositores cada vez mais barulhentos reclamam que o fraturamento gera poluição de águas e atividade sísmica (a França proibiu a prática devido a protestos públicos). A perfuração da Cuadrilla foi suspensa após aparentemente ter causado um par de pequenos tremores (uma análise governamental posterior concluiu que o processo é seguro caso seja monitorado apropriadamente; a proibição deve ser revogada em breve). Osborne planeja criar um Secretaria para Gás e Petróleo Não Convencional para simplificar o processo regulatório, mas os críticos precisam ser convencidos de que a regulação será dura e aplicada com rigor.
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FONTE : * Publicado originalmente na revista The Economist e retirado do site Opinião e Notícia.
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