Greenpeace condena Zara por uso de substâncias perigosas nos tecidos de suas peças
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Greenpeace condena Zara por uso de substâncias perigosas nos tecidos de suas peças




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quinta-feira, 22 de novembro de 2012 Ativistas do Greenpeace protestando em frente a loja Zara de Hong Kong – © Clemente Tang / Greenpeace
Nossa campanha pedindo para a Zara que se desintoxique começou há apenas 48 horas. Até agora, mais de 200 mil clientes preocupados, ativistas e fashionistas já assinaram, alertando a maior varejista do mundo que ela precisa criar moda sem poluir.
Com essa enorme mobilização de pessoas pedindo à empresa que se responsabilize pela poluição causada na fabricação e lavagem de suas roupas, não é surpreendente que a Zara tenha decidido se pronunciar sobre a campanha Detox do Greenpeace.
A empresa respondeu alguns de seus e-mails reiterando sua “boa vontade em tomar as atitudes necessárias para alcançar, no menor tempo possível, a meta geral de parar a poluição”. Isso é encorajador. O Greenpeace já está conversando com a marca sobre como eles pretendem transformar essas palavras em atitudes, porque palavras não são suficientes.
Neste momento, ao redor do mundo, nossa água está sendo envenenada com perigosas substâncias químicas que vêm da indústria têxtil. Quando liberadas no meio ambiente essas substâncias podem se ‘quebrar’ e formar outras ainda mais prejudiciais, algumas delas cancerígenas e ainda outras capazes de alterar a forma como os hormônios naturais agem no corpo humano.
Muitos desses elementos foram encontrados nos produtos da Zara que testamos em um laboratório independente. Isso significa que eles foram usados no processo de produção e depois liberados em rios e cursos-d’água ao redor do mundo.
E quando uma marca produz colossais 850 milhões de peças de roupa por ano, como a Zara, isso tem um grande impacto tanto no meio ambiente quanto nas pessoas que utilizam essa água para consumo próprio.

Foi por isso que escolhemos a Zara como a próxima marca para liderar a estrada em direção a um futuro livre de tóxicos. Seu tamanho e sua escala mostram que a empresa tem uma posição de liderança ideal para catalisar maiores mudanças dentro da indústria têxtil. Os fornecedores escutam marcas como a Zara porque elas oferecem muitas oportunidades de negócios. Como uma indústria líder, fica claro que outras marcas seguirão seus passos.
Então o que exatamente estamos pedindo para a maior marca de roupas do mundo?
Nós acreditamos que a Zara tem responsabilidade junto ao público e ao meio ambiente de acabar definitivamente com toda a liberação de produtos químicos perigosos dos seus processos de produção, e pedir a seus fornecedores que revelem quais substâncias estão sendo jogadas em nossos preciosos cursos-d’água. As pessoas que vivem próximas a essas fábricas e compram esses produtos têm o direito de saber o que está presente em suas peças de roupa e os efeitos prejudiciais dessas substâncias quando liberadas no meio ambiente.
Alguns dos maiores concorrentes da Zara já estão mostrando como andar pela passarela da moda livre de tóxicos. Mark e Spencer, por exemplo, se comprometeram a revelar informações sobre a produção de cinco fornecedores até fevereiro de 2013. Considerando-se que a Zara é muito maior que a M&S, é razoável esperar que a empresa deva, no mínimo, tomar uma atitude parecida.
Outro concorrente próximo, a H&M, deu uma data concreta para quando pretende acabar com o uso de PFCs – um dos grupos químicos mais perigosos usados pelo setor. A H&M diz que isso será possível até o dia 1º de janeiro de 2013. Então o que impede a Zara de fazer o mesmo com esse e outros produtos químicos que são usados na produção de suas roupas?
A empresa aparentemente consegue projetar, produzir e entregar peças de roupas e tê-las em suas lojas em apenas 15 dias. Queremos vê-los usando sua velocidade para dar resposta à questão urgente da poluição e limpar a indústria da moda de vez.
Afinal, a Zara sabe deste problema há muito tempo. Nosso primeiro relatório apontando a poluição de tóxicos causada pela produção têxtil foi publicado há quase 18 meses. Desde então a empresa fez muito pouco. Mas graças ao apoio, persistência e criatividade de pessoas como você nestes últimos dois dias, a Zara finalmente parece ter entendido a gravidade do problema.
Continue compartilhando a campanha com seus amigos. Quanto mais pessoas participarem, mais os líderes dentro da empresa vão perceber que precisam tomar atitudes ambiciosas e imediatas para se desintoxicar. Sinta-se à vontade para ir ao mural da Zara no Facebook ou mandar uma mensagem via Twitter pedindo à marca que mostre a liderança e responsabilidade condizentes com a varejista número 1 do mundo.


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FONTE : reportagem de Tommy Crawford, no site do Greenpeace, publicado pelo EcoDebate, 26/11/2012




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