Continua a luta para libertar Lolita, a orca mais solitária do mundo
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Continua a luta para libertar Lolita, a orca mais solitária do mundo


26 de julho de 2014


Por Walkyria L. Rocha (da Redação da ANDA)
lolita
Os defensores da causa animal retornaram à Corte, em uma batalha contínua para libertar Lolita, a orca solitária, que já há décadas vive no menor e mais antigo tanque dos Estados Unidos, no Seaquarium de Miami. Os defensores de Lolita já haviam pedido a intervenção da Corte para impedir que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) renovasse a licença de exibição de Lolita no Seaquarium, apesar das flagrantes violações da Lei de Bem-Estar Animal (AWA). As informações são da Care 2.
Infelizmente, esse caso foi rejeitado em março por um juiz federal. De acordo com o Fundo de Defesa Legal dos Animais (ALDF), o juiz assim decidiu porque não cabe ao Congresso determinar sobre licenças e renovações que dizem respeito à Lei de Bem-Estar Animal; o Departamento de Agricultura é que está autorizado a emiti-las. Agora, o Fundo Legal de Defesa Animal (ALDF), a Orca Network e a PETA estão desafiando esse impedimento e esperando, finalmente obter do tribunal a anulação da licença para acabar com o sofrimento de Lolita.
A baleia não está apenas sendo mantida em um tanque que viola os padrões mínimos estabelecidos pelo Departamento de Agricultura, mas ela também está sendo mantida em confinamento solitário, sob o sol da Flórida ou outras condições climáticas que são consideradas violações da Lei de Bem-Estar Animal. Mesmo que o Seaquarium cumpra as normas mínimas de cuidado, elas ainda serão totalmente inadequadas para orcas, o que tem atraído o apoio do Congresso pela devida atualização.
“Cada vez que falha na aplicação da Lei e renova a licença do Seaqurium de Miami, o Departamento de Agricultura está sentenciando Lolita a mais um ano de confinamento solitário. Vamos continuar a lutar para dar a ela a proteção que tem direito de acordo com a lei”, disse o Diretor Executivo do Fundo Legal de Defesa Animal, Stephen Wells.
A verdadeira tragédia da história de Lolita começou em 1970, quando ela ainda bebê, foi arrancada de sua mãe e dos remanescentes do sul, durante uma caçada brutal em Penn Cove. Ela foi então enviada ao Seaquarium de Miami e lá permanece até hoje.
Uma ocasião ela teve finalmente a companhia de uma outra orca, Hugo, mas que morreu de um aneurisma craniano em 1980, depois de repetidamente bater sua cabeça no lado do tanque, o que muitos acreditaram tratar-se de um suicídio. Desde então ela permanece sozinha.
Além de tentar obter a intervenção dos tribunais, os defensores de Lolita estão trabalhando para colocá-la na lista de espécie em extinção, juntamente com as que ainda vivem no sul e que estão sob proteção desde 2005. Aqueles que apoiam o esforço acreditam que mantê-la em cativeiro e contínua exploração seria uma violação das regras que pretendem proteger espécies em perigo e que estão sob essa jurisdição e que o Seaquarium de Miami será obrigado a libertá-la. Em janeiro, o Serviço Nacional de Pesca Marinha respondeu à petição e anunciou que estava autorizado, mas não se espera uma decisão final antes de janeiro de 2015.
Após mais de 40 anos em um pequeno tanque e ser forçada a atuar, ela merece ser aposentada em paz. Das poucas opções disponíveis, seus defensores estão pressionando para que um plano de aposentadoria da Orca Network entre em vigor, o que implica em enviá-la de volta a um braço de mar, em suas águas de nascimento ao largo da costa de Washington, onde ela finalmente experimentará o oceano e se comunicará com outros de sua espécie.
O último objetivo do plano é sua reintegração ao seu grupo, ao qual sua mãe ainda pertence. Entretanto, se ela não estiver disposta ou não for capaz, eles se comprometeram a prestar-lhe os cuidados necessários pelo resto de sua vida. A história de Springer, a primeira orca que foi resgatada com sucesso e devolvida ao mar, dá esperança que Lolita tenha o mesmo sucesso.
Seja qual for o resultado do apelação e da petição pela proteção das espécies ameaçadas de extinção, podemos estar certos de que deixá-la no Seaquarium de Miami determinará seu contínuo sofrimento que certamente resultará em morte. Com mais de 40 anos de lucros às custas de Lolita, já é hora do Seaquarium libertá-la.


  




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