(da Redação da ANDA)
Vancouver, no Canadá, poderá ser o local do primeiro santuário de cetáceos do mundo, diz um destacado defensor dos animais a nível internacional. Lori Marino, diretora executiva do Kimmela Center for Animal Advocacy, teve esta ideia durante a visita à cidade no mês passado, e Dave Duffus, pesquisador da Universidade de Victoria, concordou.
“Vancouver é o local ideal por diversos motivos,” disse Duffus, um professor associado de geografia, ao Vancouver Observer. “Eu acho que o Vancouver Aquarium teve a primeira baleia assassina [em cativeiro] e seria uma oportunidade para realmente sair do molde de cativeiro e dizer: ‘Nós estamos interessados em fazer algo melhor” ou desfazer algo muito mal pensado. A hora chegou.” Estabelecer um santuário no Canadá iria demonstrar o que os canadenses estão querendo, disse Duffus. “Somos pessoas que olham para o futuro e com compaixão”, afirmou.
Segundo Marino, um santuário deve ser escolhido não só pela sua localização geográfica, mas pela atitude do público local. “Será que eles apoiariam? Eles são favoráveis? Eles estão dispostos a ter algo como isto em seu quintal?” Marino falou sobre um santuário de Orcas em Vancouver, na Conferência de Conservação Compassiva em julho.
Ela quer cientistas em mamíferos marinhos, veterinários, instrutores, advogados, políticos, empresários e engenheiros colaborando para determinar a melhor localização e modelo para um santuário para baleias e golfinhos. Marino ressalta que há santuários para elefantes, chimpanzés, grandes felinos e ursos, mas nenhum lugar para os mamíferos marinhos se eles forem liberados dos parques marinhos e incapazes de sobreviver na natureza. Mas quer ter certeza de que este primeiro santuário a ser estabelecido será bem feito.
Marino e a Naomi Rose, cientista em mamíferos marinhos no Animal Welfare Institute em Washington, D.C., sediarão um workshop sobre santuários marinhos na conferência bienal da Society for Marine Mammology’s em São Francisco em dezembro. Howard Garrett, cofundador, diretor e presidente da Orca Network (fundação sem fins lucrativos), já se inscreveu para o workshop.
Garrett tem trabalhado há décadas para que a orca chamada Lolita retorne a Puget Sound do aquário de Miami (Miami Seaquarium). Ele quer que Lolita passe seus últimos dias no local onde ela passou seus primeiros quatro anos, até que fosse capturada e enviada ao Miami Seaquarium em 1970.
A campanha Free Lolita (Libertem Lolita) originalmente visava um local para Lolita (e somente para ela) no lado leste da ilha de San Juan, mas organizadores alteraram o local designado para o lado oeste da Ilha das Orcas, onde é mais protegido das temperaturas.
O local terá 183 por 122 metros. Uma inclinação gradual ao mar permitirá que Lolita seja facilmente retirada da água em uma manta de borracha, onde ela já está acostumada a fazer exames médicos.
Dr. Phillip Clapham, líder da avaliação de cetáceos e programa de ecologia no Laboratório Nacional de Mamíferos Marinhos no Alasca, se pergunta o quão bem uma baia marinha pode acomodar orcas que nadam “grandes distâncias” na natureza.
“Certamente qualquer melhoria no tamanho da área onde a orca será mantida, será muito bom para a saúde mental do animal”, ele disse. “O quanto será realmente suficiente é outra questão.”
Orcas são sociáveis e vivem em família. Então alocar o mamífero que tem vivido sozinho em um aquário, em uma baia pode não ser o ideal, Clapham avisa, e reintroduzi-la aos outros membros da família pode não ser um “experimento interessante”. Existem preocupações de que animais vindo de cativeiro possam introduzir doenças à população selvagem.
Instrutores ajudariam Lolita a melhorar a sua força cardiovascular, suas habilidades de pesca e ela acabaria tendo acesso aos seus familiares, disse Garrett, acrescentando que os veterinários iriam examinar cuidadosamente Lolita sobre prováveis patologias. As informações são do Vancouver Observer.
Para Duffus, Vancouver seria um ótimo local. Mas dependerá de o público convencer os aquários a apoiar os santuários. “Os aquários existem porque o público aceita isso,” Duffus disse. “Orcas, belugas e golfinhos estão em cativeiro porque o público permite isso, então nós temos que trabalhar com este público e, em seguida, com os aquários.”
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