Foto: Divulgação
Segundo a Sea Shepherd, cinco pessoas morrem anualmente no mundo na sequência de ataques de tubarões, em comparação com as cerca de 30 que morrem nos Estados Unidos devido a ataques de cães.
A Autoridade de Proteção Ambiental australiana anunciou hoje que não vai analisar a ordem do estado da Austrália Ocidental de matar tubarões com mais de três metros para proteger banhistas, defendendo como insignificante o risco para a espécie.
Mais de uma centena de tubarões, trinta dos quais com mais de três metros de comprimento, morreram desde o início da ‘matança’, em janeiro, nas zonas costeiras nos arredores da cidade de Perth, onde foram implantados sistemas de anzóis.
O presidente da Autoridade de Proteção Ambiental australiana, Paul Vogel, disse hoje à cadeia australiana ABC que a medida tem “uma duração limitada e uma escala muito reduzida”, pelo que considera que este programa “não terá um impacto significativo no meio ambiente”.
Vogel esclareceu que a avaliação sobre o impacto ambiental teve por base opiniões científicas que asseguraram que o programa, que desencadeou protestos em vários pontos da Austrália, representa “um risco insignificante” tanto para os tubarões com mais de três metros como para as outras espécies.
Por outro lado, o mesmo responsável respondeu assim ao pedido feito ao organismo que lidera para rever se a medida, adotada em dezembro, depois de um tubarão ter matado um surfista numa praia da região de Margaret River, a cerca de 270 quilómetros a sul de Perth, representava uma ameaça para o meio ambiente.
Piers Verstegen, representante do Conselho de Conservação, mostrou-se surpreendido com a decisão do organismo, enquanto a organização ecologista Sea Shepherd, cujo pedido interposto junto do Supremo Tribunal da Austrália Ocidental para rever este programa foi rejeitado, no início do mês, já contava com o ‘não’.
O Ministério do Meio Ambiente australiano calcula que existiam menos de dez mil tubarões brancos em 1990, ano em que foi incorporado na lista de espécies protegidas, apesar de ser impossível fazer uma avaliação da população exata.
*Esta notícia foi escrita, originalmente, em português europeu e foi mantida em seus padrões linguísticos e ortográficos, em respeito a nossos leitores.
Fonte: I Online
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