Por Marli Delucca (da Redação da ANDA)
O urso Taco vivia aprisionado em Zoológico no Chile
As péssimas condições de vida do urso polar Taco já foi motivo de protesto por grupos ambientalistas em dezembro de 2014. O pedido para que o animal fosse transferido para viver em um santuário no Canadá chegou a mais de 55.000 assinaturas. No entanto as ‘autoridades’ diziam que o urso polar estava bem, e que iriam melhorar o recinto do animal ou que ele seria transferido para outro zoológico.
Mas na sexta-feira pela manhã, Taco morreu. O zoológico de Santiago do Chile, emitiu uma nota que diz:
“O animal nasceu em 10 de dezembro de 1996, no jardim zoológico em Roterdã, na Holanda e veio ao Chile doado por uma colaboração entre jardins zoológicos. Como será explicado, a necropsia foi iniciada para estabelecer a causa da morte de Taco que conseguiu viver 18 anos.”
Aos 3 anos de idade Taco foi retirado dos braços de sua mãe, e enviado a América do Sul para um suposto “programa de colaboração entre zoos”.
O meio-irmão de Taco, o urso polar Winner que também foi do zoo holandês para o Chile, foi posteriormente transferido para o zoo argentino, onde exatamente na noite de natal de 2012, morreu aos 16 anos de idade. Após os anos de cativeiro do Zoo de Buenos Aires, o barulho dos fogos de artificio aliado às altas temperaturas da cidade de Buenos Aires, causaram uma hipertermia no animal.
Na época da morte do urso polar Winner, o diretor do Zoo de Santiago do Chile, fez questão de destacar que Taco vivia em melhores condições do que seu meio-irmão. No entanto ambos os recintos ursos polares eram similares. Ambos tinham piscinas e ar-condicionado.
E como de ‘praxe’ também informaram que ambos os ursos polares vieram “doados”, do zoo de Roterdã, e que eram de uma geração de ursos nascidos em cativeiros e que foi feito um acordo com o Zoo de Buenos Aires para reproduzir a espécie na América do Sul.
Coincidentemente na mesma semana, outros dois ursos polares foram trazidos da Rússia, para começarem sua vida de exibições no Brasil.
Aurora e Peregrino, foram os nomes dados aos ursos polares de 3 e 4 anos, que conforme divulgado para a imprensa não precisaram ser sedados para viajar da Rússia para São Paulo, “vieram a bordo de um avião de carga em compartimentos separados e climatizados”, exatamente o que poderia ser feitopara transferir Arturo – o urso polar mais triste do mundo, para o Santuário no Canadá. Aos 29 anos de idade, o urso polar segue sofrendo no deserto da Argentina.
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