No dia 31 de maio, uma sexta-feira, após 2 dias de chuva, os moradores da área El Reventador perceberam o deslizamento de terra descendo a montanha e levando consigo a vegetação e 140 metros do Sistema de Oleoduto Trans-Equatoriano (SOTE), que transporta petróleo da Amazônia até a costa. O local fica em um relevo montanhoso na província de Sucumbíos, Equador. O vazamento preocupa o governo brasileiro, que mantêm a Marinha em alerta.
Segundo reportagem da Revista Amazônia, se a mancha de óleo chegar ao Brasil, demorará pelo menos 20 dias. “Para uma maior prevenção, a Marinha do Brasil mantêm um navio na fronteira oeste, em Tabatinga (a 1.105 quilômetros de Manaus), que realiza um trabalho de patrulhamento naval. O navio recebe os técnicos para realizarem análises nas águas, caso haja perigo grande de contaminação”, explicou Domingos Sávio, Comandante do 9° Distrito Naval, Domingos Sávio.
O deslizamento e a ruptura do oleoduto no quilômetro 82 da rota Quito – Lago Agrio, provocaram o derramamento de 11.460 barris de petróleo, de acordo com o Ministério de Recursos Naturais Não Renováveis do Equador. O óleo derramado contaminou primeiro o rio Coca e depois o rio Napo, ambos na cordilheira e, a partir daí, adentrou a região da Amazônia equatoriana.
Desde a última terça-feira (11), especialistas ligados à estatal petroleira, à secretaria nacional de riscos, à empresa Oil Spill Response – contratada pela Petroecuador para a limpeza e remediação ambiental – e ao Ministério do Ambiente do Equador, realizam um sobrevoo sobre o rio Napo até a fronteira com o Peru para verificar o impacto do derrame de petróleo. A expedição terminou hoje (13), segundo comunicado da Petroecuador.
A partir desta avaliação, a empresa Oil Spill Response determinará as ações que devem ser feitas na região, e a contratação de especialistas necessários para o trabalho.
Para Elmer Americ, técnico da Oil Spill Response, a parte mais afetada é a zona sul do rio Coca, onde não foram observadas manchas na água, mas sim nas margens e nas plantas.
Enquanto a avaliação não termina, a Petroecuador já contratou 344 habitantes da região afetada para integrar grupos de mitigação e remediação ambiental nas margens dos rios Coca e Napo. ((o))eco tentou falar com a Petroecuador para conhecer a situação atual sobre o vazamento, mas a única informação recebida foram os comunicados oficiais da empresa.
Segundo reportagem da Revista Amazônia, se a mancha de óleo chegar ao Brasil, demorará pelo menos 20 dias. “Para uma maior prevenção, a Marinha do Brasil mantêm um navio na fronteira oeste, em Tabatinga (a 1.105 quilômetros de Manaus), que realiza um trabalho de patrulhamento naval. O navio recebe os técnicos para realizarem análises nas águas, caso haja perigo grande de contaminação”, explicou Domingos Sávio, Comandante do 9° Distrito Naval, Domingos Sávio.
O deslizamento e a ruptura do oleoduto no quilômetro 82 da rota Quito – Lago Agrio, provocaram o derramamento de 11.460 barris de petróleo, de acordo com o Ministério de Recursos Naturais Não Renováveis do Equador. O óleo derramado contaminou primeiro o rio Coca e depois o rio Napo, ambos na cordilheira e, a partir daí, adentrou a região da Amazônia equatoriana.
Desde a última terça-feira (11), especialistas ligados à estatal petroleira, à secretaria nacional de riscos, à empresa Oil Spill Response – contratada pela Petroecuador para a limpeza e remediação ambiental – e ao Ministério do Ambiente do Equador, realizam um sobrevoo sobre o rio Napo até a fronteira com o Peru para verificar o impacto do derrame de petróleo. A expedição terminou hoje (13), segundo comunicado da Petroecuador.
A partir desta avaliação, a empresa Oil Spill Response determinará as ações que devem ser feitas na região, e a contratação de especialistas necessários para o trabalho.
Para Elmer Americ, técnico da Oil Spill Response, a parte mais afetada é a zona sul do rio Coca, onde não foram observadas manchas na água, mas sim nas margens e nas plantas.
Enquanto a avaliação não termina, a Petroecuador já contratou 344 habitantes da região afetada para integrar grupos de mitigação e remediação ambiental nas margens dos rios Coca e Napo. ((o))eco tentou falar com a Petroecuador para conhecer a situação atual sobre o vazamento, mas a única informação recebida foram os comunicados oficiais da empresa.
Contaminação e falta de água no Equador
Depois da Petroecuador e do Ministério do Ambiente confirmaram, no dia 2 de junho, a contaminação do rio Coca, que abastece de água a cidade equatoriana de Francisco de Orellana, as autoridades resolveram suspender o abastecimento aos seus quase 60 mil habitantes. Para superar a falta d’água, a Petroecuador teria distribuído 278 mil litros na cidade até sábado passado (8), de acordo com dados da própria empresa.
Entretanto, em reunião do Comitê de Operações de Emergência (COE) no dia 4 de junho, junto com o vice-ministro de Recursos Naturais Não Renováveis do Equador, Ramiro Cazar, as autoridades de comunidades afetadas se queixaram de que a ajuda não havia chegado. “Eu estou em Pompeya, e lá não tem água, por Deus... Petroecuador não está trabalhando”, afirmou o prefeito de Joya de los Sachas, Telmo Ureña.
No dia 5 de junho, Lorena Tapia, ministra do Ambiente do Equador, sobrevoou com sua equipe os locais afetados pelo vazamento de petróleo. Em entrevista coletiva ao fim do dia, disse Tapia, "comprovamos que não existe contaminação nas áreas protegidas do Parque Nacional Yasuní nem na Reserva da Biosfera Sumaco, o que é uma excelente notícia”.
Entretanto, durante o sobrevoo, foi possível ver a extensão da mancha de óleo. “Observamos a presença de óleo disperso, com diferente intensidade, ao longo dos rios Coca e Napo. Ou seja, existem áreas em que pudemos ver petróleo e outras onde evidenciamos os resultados do trabalho feito", explicou a ministra.
Sobre a possível contaminação do rio Napo abaixo, no Peru, a ministra equatoriana concordou como as declarações do ministro do Ambiente peruano: “a contaminação pode ser vista, existe a presença de óleo, mas o nível de afetação só será conhecido quando chegarem os resultados das análises de amostras da região, que serão levantadas pelos dois países”.
Efeitos do vazamento no Peru
A mancha de óleo chegou ao Peru no dia 4 de junho, segundo informações de Robert Falcón, diretor da Defesa Nacional de Loreto. As primeiras manchas de petróleo no lado peruano foram vistas por habitantes da comunidade fronteiriça de Cabo Pantoja, na província de Maynas, região peruana da província de Loreto.
Porém, o Ministério do Ambiente peruano, Manuel Pulgar Vidal, no dia seguinte, 5 de junho, distribuiu nota afirmando que “não existiam evidências da presença de hidrocarbonetos no território peruano relacionadas com o vazamento de petróleo acontecido no rio Coca, Equador”.
De acordo com o ministro, organizações do governo realizaram sobrevoos sobre o rio Napo, na fronteira com o Equador, e não detectaram indícios do vazamento. Pulgar-Vidal afirmou que a hipótese de que chegue ao Peru não está descartada.
A nota oficial explica que o governo está trabalhando na prevenção e “na defesa de 34 comunidades que estão localizadas na bacia do rio Napo, especialmente na área de fronteira".
Até o momento de fechamento dessa reportagem, oficialmente, o petróleo não teria ingressado no país. De acordo com um comunicado do Organismo de Avaliação e Fiscalização Ambiental (OEFA), órgão do Ministério do Meio Ambiente de Avaliação e Controle, uma “brigada de especialistas de avaliação e supervisão ambiental sobrevoou o rio Napo desde a base Cabo Pantoja até a base Roca Fuerte, no Equador, sem perceber a presença de hidrocarbonetos”. Outro grupo de pesquisadores teria também colhido amostras de água e sedimentos do rio Napo para avaliar o grau de contaminação gerado pelo vazamento, assegura o comunicado.
Equador: limpeza e recuperação
No lado equatoriano, às margens do rio Coca, perto da área do vazamento, a Petroecuador destinou 344 pessoas divididas em 7 grupos, trabalhando na limpeza da área poluída, além da instalação de sistemas de contenção do petróleo, para evitar o avanço.
As manchas negras do óleo estão por todos os lados, nas plantas, nas pedras e no solo. De acordo com declarações da Petroecuador, até a quinta-feira 6, foram recuperados 710 barris de petróleo, através do trabalho das equipes de limpeza.
Para a limpeza dos 11.460 barris derramados, a estatal contratou a companhia americana Clean Caribbean & Americas, especializada em vazamentos de petróleo e gás. Segundo nota da Petroecuador, técnicos da empresa americana visitaram a zona do acidente para definir o trabalho a se fazer nas bacias dos rios Coca e Napo.
Os 140 metros do oleoduto SOTE que foram arrasados no dia 31 de maio pelo deslizamento foram restaurados em quatro dias e, no dia 4 de junho, o duto começou a funcionar novamente, levando petróleo amazônico até a costa equatoriana.
Vazamento preocupa o Brasil
Ao tomar conhecimento sobre a possibilidade da mancha de óleo chegar ao Brasil, o ministro Edison Lobão, de Minas e Energia, se apressou em acionar a Petrobras, a Agência Nacional de Petróleo e o Ibama e comunicou à presidente Dilma Rousseff sobre o rompimento do oleoduto por um bilhete, durante reunião do Fórum Brasileiro sobre Mudanças Climáticas, no dia 5. Dilma pareceu irritada ao ler a mensagem do ministro, cena reportada pelo jornal o Estado de S. Paulo.
No domingo (9), o Ministério de Relações Exteriores do Brasil divulgou nota oferecendo apoio ao Peru e Equador “nos trabalhos de contenção e dispersão da mancha de petróleo”, além de colocar seus técnicos à disposição de ambos os governos, diz a nota.
Ao mesmo tempo, as embaixadas do Brasil em Quito e Lima estão em contato com os dois governos locais para saber “sobre os avanços no tema do vazamento e o avanço do petróleo”.
Ainda segundo o Itamaraty, os órgãos ambientais do país, além da Marinha Brasileira e a Agência Nacional do Petróleo (ANP), encontram-se de sobreaviso caso a mancha de óleo chegue em território brasileiro.
O Sistema do Oleoduto Trans-equatoriano (SOTE)
Ao tomar conhecimento sobre a possibilidade da mancha de óleo chegar ao Brasil, o ministro Edison Lobão, de Minas e Energia, se apressou em acionar a Petrobras, a Agência Nacional de Petróleo e o Ibama e comunicou à presidente Dilma Rousseff sobre o rompimento do oleoduto por um bilhete, durante reunião do Fórum Brasileiro sobre Mudanças Climáticas, no dia 5. Dilma pareceu irritada ao ler a mensagem do ministro, cena reportada pelo jornal o Estado de S. Paulo.
No domingo (9), o Ministério de Relações Exteriores do Brasil divulgou nota oferecendo apoio ao Peru e Equador “nos trabalhos de contenção e dispersão da mancha de petróleo”, além de colocar seus técnicos à disposição de ambos os governos, diz a nota.
Ao mesmo tempo, as embaixadas do Brasil em Quito e Lima estão em contato com os dois governos locais para saber “sobre os avanços no tema do vazamento e o avanço do petróleo”.
Ainda segundo o Itamaraty, os órgãos ambientais do país, além da Marinha Brasileira e a Agência Nacional do Petróleo (ANP), encontram-se de sobreaviso caso a mancha de óleo chegue em território brasileiro.
O Sistema do Oleoduto Trans-equatoriano (SOTE)
Infographics |
O Sistema do Oleoduto Trans-Equatoriano é responsável por transportar grande parte da produção petrolífera do Equador, desde a Amazônia até o Oceano Pacífico.
O oleoduto começou a ser construído no ano 1970 e foi terminado em 1972, e tem 497 km de extensão. É composto por 6 estações de bombeamento, 4 estações redutoras de pressão e um terminal de carga de navios petroleiros.
Atualmente, o duto transporta uma média de 358 mil barris de petróleo por dia, começando na Amazônia, subindo e descendo a Cordilheira e levando o petróleo até a Costa equatoriana.
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