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Climatempo cria sistema de previsão do tempo em curtíssimo prazo

Formação de chuva sobre a zona norte de São José dos Campos. Foto: Rosi Masiero
Formação de chuva sobre a zona norte de São José dos Campos. Foto: Rosi Masiero
Por Júlio Ottoboni*
A empresa Climatempo, que mantém no Parque Tecnológico de São José dos Campos um laboratório de pesquisa e desenvolvimento estuda a criação de sistemas de previsão meteorológica de curtíssimo prazo. O sistema será responsável por emitir alertas pontuais de tempestades com antecedência mínima para evacuação e interdição de áreas. O prazo previsto, inicialmente, para esses procedimentos é de até 3 horas tanto para casos de tempestades como de chuvas intensas.
“Esse é um dos nossos projetos que pretendemos em breve colocar no mercado”, informou a diretora de pesquisas e desenvolvimento do laboratório local, Gilca Palma. A meteorologista responsável pelo laboratório instalado no parque tecnológico do Vale do Paraíba explicou que essa é uma das prioridades da empresa, considerada a maior consultoria do país em sua área de atuação.
A Climatempo deverá firmar nos próximos meses parcerias técnicas com o Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (Cptec), órgão do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e com o  Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais ( Cemaden). As tecnologias envolvidas tanto por parte da empresa quanto das entidades estatais devem acelerar o processo para uma previsão com maior eficiência no acerto e com prazos mais dilatados.
Esse serviço estará disponível para diversas prefeituras e órgão, inclusive para São José dos Campos (SP), A administração local montou uma operação especial para atender as ocorrências provocadas pelas fortes chuvas que atingiram a zona norte.
Na madrugada do último domingo (06), quatro pessoas morreram soterradas na região, a mais montanhosa da área urbana e que já faz parte do complexo da Serra da Mantiqueira, quando parte do morro desmoronou e atingiu o local onde havia sido construída a casa.  As vítimas ocupavam um imóvel  irregular, edificado em uma área de encosta sujeita a deslizamento. Com as chuvas intensas, um grande volume de terra se deslocou encobrindo a residência.
Com esse novo sistema, as tempestades ocorridas no Sul do país, por exemplo, se saberá com maior precisão o local onde poderão ocorrer, o volume e a intensidade das chuvas, o período do dia e quais as possíveis consequências do fenômeno em áreas propensas a alagamentos, deslizamentos e enxurradas.  
No Brasil ainda inexiste um sistema de alerta contra a presença de tornados, mas esse novo projeto que já vem sendo desenvolvido pela Climatempo poderá levar a se ter o primeiro sistema de anúncio coletivo da presença deste que é um dos mais avassaladores fenômenos da natureza produzidos por uma tempestade. Uma grande faixa da região Sul, Sudeste e Centro-Oeste do território nacional está dentro de um corredor de tornados.
Estudos recentes, desenvolvidos pela Unicamp, apresentaram o Brasil como o segundo maior detentor de tornados no mundo. Apesar de ser um fenômeno típico das tempestades de meia estação, neste ano a frequência aumentou consideravelmente em relação aos verões passados. E também apresentaram outra característica, seu alto poder destrutivo. (#Envolverde)
Júlio Ottoboni é jornalista diplomado, pós graduado em jornalismo científico. Tem 30 anos de profissão, atuou na AE, Estadão, GZM, JB entre outros veículos. Tem diversos cursos na área de meio ambiente, tema ao qual se dedica atualmente. 




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