Usina nuclear de Tricastin, no Sul da França, 25 de novembro, 2011. Foto: AFP
Na madrugada desta segunda-feira (15), 29 ativistas dividos em três grupos alcançaram os muros de dois reatores da Usina Nuclear de Tricastin, uma das mais antigas da França. Vestidos de vermelho, os ativistas estenderam um banner e projetaram duas grandes mensagens de protesto contra o presidente francês François Hollande, que prometeu em campanha eleitoral a redução de nucleares em despeito ao incentivo às fontes renováveis.
O objetivo da ação foi denunciar o perigo que a Usina de Tricastin – classificada pelo Greenpeace como uma das cinco usinas com mais risco de acidentes da França – representa ao complexo químico e industrial que fica num raio de 10km, sem contar a população que será afetada. Segundo o Greenpeace França, há pelo menos vinte fissuras no tanque do reator nº 1. A usina, inclusive, já ultrapassou sua vida útil, inicialmente estimada em 30 anos.
Outro ponto importante que vale destacar é que a central de Tricastin foi criada para alimentar a usina vizinha George Besse I, de enriquecimento de urânio. Essa usina foi fechada em maio de 2012, e em abril de 2013 sua substituta, George Besse II, foi criada. Entretanto a sucessora consome 50 vezes menos eletricidade, ou seja, ao saber que a usina George Besse II não necessita mais da energia gerada pelos quatro reatores de Tricastin, o fechamento desta se torna apenas uma questão de bom senso.
Os ativistas projetaram duas mensagens nos muros da usina junto de um grande banner, que diziam: “Tricastin – Acidente Nuclear” e “François Hollande, presidente da catástrofe?”. Segundo o presidente francês, é prioridade de seu governo reduzir de 75% para 50% a participação de energia nuclear na composição da matriz energética francesa. Para honrar sua promessa, Hollande teria que fechar pelo menos dez reatores até 2017 e vinte até 2020, sendo que Tricastin seria uma delas.
“Com essa ação, o Greenpeace está pedindo ao presidente François Hollande para fechar a Usina de Tricastin, que está entre as cinco mais perigosas da França”, disse Yannick Rousselet do Greenpeace França. E ele completa: “se nós conseguimos tocar fisicamente os reatores, qualquer outro também consegue. Pessoas com más intenções poderiam gerar uma ameaça à segurança do reator.”
Todos os 29 ativistas foram presos pela polícia francesa, e seguem retidos.
* Publicado originalmente no site Greenpeace. (Greenpeace)
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