O impensável aconteceu ontem de manhã (10/04), preparava-se a aproximação entre a Polônia e a Rússia… E, a História pregou-lhes mais uma partida de mau gosto, setenta anos depois do Massacre de Katyn - ocorrido em Abril de 1940, 20 mil oficiais polacos e civis foram assassinados pela policia secreta soviética. As vítimas tinham sido capturadas pelo Exército Vermelho, que dividia a Polônia com a Alemanha de Hitler. Katyn era um espinho nas relações entre a Rússia e a Polônia.
A reconciliação entre a Polônia e a Rússia avizinhava-se e parecia encerrada uma das mais negras páginas da História Mundial.
Até que a queda de um avião que transportava o Presidente da República Polonesa e uma delegação que incluía a elite militar, política e econômica de Varsóvia, deitou aparentemente tudo por terra, a aproximação entre os dois estados vizinhos que estavam de costas voltadas… e que pareciam que iam entender-se.
Pode ter sido um acidente, mau tempo, nevoeiro, eu sei lá, mas desculpem lá, não me atirem mais areia para os olhos, porque um avião que transporta um presidente da república é um acontecimento raro, as viagens de estado estão repletas de precauções e normas de segurança, etiquetas e protocolos apertados. O avião presidencial polaco teria por certo um corredor aéreo aberto e estava a ser monitorizado pelos radares polacos, bielorussos e russos. Por diversas vezes recebeu ordens para voltar para trás, para aterrar em Minsk. Os aviões Tupolev são bons aviões, robustos até mais não e preparados para aguentar temperaturas extremas e por certo, que o avião presidencial polaco teria sido objecto de vistorias recentes.
O piloto deveria de fazer parte da nata da aviação comercial, por quatro vezes tentou fazer-se à pista em Smolensk, não o conseguiu fazer.
Recorde-se que Lech Kaczynski foi um acérrimo opositor da ditadura polaca, do Tratado de Lisboa e não via com bons olhos a União Europeia e Bruxelas.
Recordo-me que a imprensa portuguesa e europeia o maltrataram injustamente aquando da assinatura do respectivo tratado. Para mim considero-o um homem mais inteligente, pois salvaguardou os interesses da Polônia ao contrário dos políticos nacionais que o assinaram de cruz, sacrificando a independência nacional, depois de mais 800 anos de história e nos venderam por uns míseros euros e nos entregaram de bandeja aos iluminados de Bruxelas.
A verdade sobre o acidente, espero que os russos a descubram…
Porque, a verdade anda algures por aí…