RESERVA DE POÇO DAS ANTAS : ONG trabalha na preservação do mico-leão-dourado em reserva
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RESERVA DE POÇO DAS ANTAS : ONG trabalha na preservação do mico-leão-dourado em reserva


25 de agosto de 2014


mico
“Nós atingimos 3.200 animais, um número muito importante, muito positivo, É possível sim, salvar o animal da extinção”, conta o secretário geral da Associação Mico-Leão-Dourado, Luis Paulo Ferraz.
A reportagem visitou o berço do mico-leão-dourado, A Reserva Poço das Antas para conhecer essa história de preservação da fauna e flora brasileira. Luis Paulo luta há 40 anos pela preservação da espécie.
-Como que vocês conseguiram, trazer, reproduzir a espécie?
Luis Paulo: Os primeiros esforços para identificar a situação do mico-leão-dourado, na década de 70 ainda, levantaram um dado de cerca de 200 animais na natureza. Houve um trabalho de articulação importante com várias partes do mundo, de onde vieram animais que foram reintroduzidos na natureza.
-Ainda corre o risco de extinção?
Luis Paulo: Nós temos um problema muito sério de falta de floresta. De falta de área para a reprodução a longo prazo dessa espécie.
O reflorestamento dessa região pode levar no mínimo dez anos. E se você olhar do alto, vai ter a noção melhor que o habitat do mico-leão-dourado está cercado por áreas de pasto. E por lá, o animal não passa.
Ainda há poucos corredores florestais. A Associação Mico-leão-dourado monitora 12 mil hectares de mata. A meta inicial era atingir a marca de 2 mil micos-leões-dourados até 2025. A ONG não só bateu, como ultrapassou esse número, 11 anos antes do previsto.
“É como ver a luz no final do túnel. A gente vê que é bem possível atingir nossa meta e criar a possibilidade real de que essa espécie, não seja ameaçada de extinção no futuro”, destaca o presidente da associação, Carlos Ruiz.
“Nós somos uma família. Eu passo mais tempo com esses animais aqui do que na minha casa. Eu acho que é uma coisa pra gente ficar muito orgulhoso do nosso trabalho, porque foi muito sangue dado para mosquito ver eles fora da extinção. A gente conseguir o nosso objetivo e aí eu vou aposentar feliz”, afirma a bióloga Andréia Martins.
Uma trajetória longa. Depois de quase ser extinto, o mico-leão-dourado virou símbolo de preservação da Mata Atlântica, estampou a nota de R$ 20. E para quem convive com o simpático macaquinho, ele leva jeito até para mascote.
“A gente acha que seria muito importante é que essa simbologia fosse ainda ampliada com a chegada dos Jogos Olímpicos. É da cor da medalha de ouro. Querido por todos, é uma espécie que só existe no estado do Rio de Janeiro. O mico-leão-dourado tem tudo para ser esse mascote”, defende Luis Paulo.
Fonte: Fantástico




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