VARSÓVIA – Comemorou-se ontem (11) aqui na Polônia, o `Dia da Independência Nacional´, e foi o meu primeiro dia na COP19, a Conferência das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas, que reúne 52 países participantes. Já é possível sentir a energia e a importância deste evento e dia. Tomando meu trem de Toruń para Varsóvia pude ver muitos controles de documentos nas estações.
Quando entrei pela primeira vez no Estágio Central onde se realiza a COP19, eu estava espantado e feliz de ver rostos tão diferentes de pessoas de todo o mundo. Por outro lado, o clima entre alguns participantes era de frustração, especialmente em relação à delegação de pequenas ilhas.
Começamos a semana falando sobre a importância de oferecer soluções para os efeitos adversos da mudança climática, que são mais urgentes do que nunca. Espero que este evento seja uma oportunidade para lembrar que só com uma solução global será capaz de enfrentar a questão. Esperamos que os resultados do trabalho desta semana na COP19 encontrem um caminho para um mundo mais sustentável.
É difícil não mencionar em uma conferência sobre alterações climáticas os desastres provocados por uma forte tempestade que passou pelas ilhas das Filipinas há poucos dias. Os ventos chegaram 305 km/h e as estimativas mostram que pelo menos 10 mil pessoas morreram. De um lado acontece a COP19 e do outro, pessoas estão sofrendo e sem alimentos. Esta relação evidencia o potencial de riscos como uma resposta à mudança climática, mostrando a gravidade da influência de ações humanas.
Na sala do plenário, ouvi um discurso emocionante sobre as Filipinas. As palavras ditas fizeram as pessoas refletirem. A apresentação foi seguida de um minuto de silêncio.
* Rodrigo Rudge Ramos Ribeiro desenvolve projetos de riscos naturais e atualmente trabalha na Polônia pela UNESCO em projeto com a Universidade Nicolas Copernicus.
(O Autor)