No último sábado, 12, o ar estava extraordinariamente ruim. Foto: Reprodução/AFP
Níveis de poluição quebraram todos os recordesEm 12 de janeiro do ano passado, a Economist noticiou que o ultraje público a respeito da atroz qualidade do ar de Pequim estava pressionando os membros do governo a divulgar mais dados a respeito de um número maior de poluentes. A revista também relatou que as autoridades chinesas já haviam se engajado com uma ampla gama de estratégias para aprimorar a qualidade do ar. Mas concluiu com a triste constatação de que tais esforços levam décadas, e que “os residentes de Pequim terão que esperar antes de experimentarem melhorias”.
Em 12 de janeiro deste ano, os moradores de Pequim experimentaram um gosto amargo dessa espera, em um dia em que o ar estava extraordinariamente ruim. Os níveis de poluição quebraram todos os recordes. No sábado à noite foi registrado um Índice e Qualidade do Ar (IQA) de 755. Tal índice é baseado nos padrões recentemente revisados da Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA, na sigla em inglês) e atinge o seu nível máximo em 500. Para oferecer alguma perspectiva, considere que qualquer nível acima de 100 é considerado “insalubre para grupos sensíveis”, e que qualquer valor acima de 400 é considerado “nocivo” para todos.
Além dos níveis de AQI acima de 700, são aterradores os registros dos níveis do tipo de matéria particular menor e mais perigosa, chamada PM 2,5, a qual pode penetrar no sistema respiratório. Estas são nomeadas de acordo com o tamanho, em mícrons, das partículas. Um registro de uma controversa estação de monitoramento administrada pela embaixada norte-americana revelou um nível de PM 2,5 de 866 microgramas por metro cúbico; o próprio centro de monitoramento municipal de Pequim registrou níveis acima de 700 microgramas.
A fim de por esse conjunto de valores em perspectiva, considere que as diretrizes estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde consideram qualquer ar com mais de 25 microgramas de PM 2,5 por metro cúbico como de qualidade inaceitável.
Um especialista citado pela mídia chinesa atribuiu o pico de poluição a uma série de dias sem vento, o que permitiu o acúmulo de poluentes.
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FONTE : * Publicado originalmente na revista The Economist e retirado do site Opinião e Notícia.
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