Refletir a respeito do meio ambiente e a forma como o ser humano interage com si mesmo e com seu redor torna-se, cada vez mais, uma necessidade para sobrevivermos no planeta e mantê-lo para as gerações futuras. A ocupação predatória e o consumo desenfreado de recursos naturais não são mais uma opção para as cidades e grandes centros urbanos. Não é nova a discussão sobre como consumirmos menos e diminuir os impactos de nosso cotidiano, e felizmente, temos observado uma grande transformação nos mercados: de trabalho, da construção civil e até mesmo no setor imobiliário.
Sabe-se hoje que o Brasil é o quarto país entre os que concentram edificações ecologicamente corretas. E uma observação é válida: quando falamos em construções verdes, não estamos nos referindo somente a grandes projetos de luxo, em bairros nobres, voltadas às classes privilegiadas. Exemplo brasileiro novamente, o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida requer obrigatoriedade do uso de energia solar em todos os novos empreendimentos destinados às famílias com renda máxima de três salários mínimos, prova de que, além da iniciativa privada, políticas públicas incentivam medidas verdes também para casas populares.
Mas é preciso ir além e pensar de maneira integrada, além da habitação. É por isso que, na nova feira e congresso Expo Arquitetura Sustentável, por exemplo, temos em nossa grade de palestrantes o urbanista Carlos Leite, professor da FAU-Mackenzie, com pós-doutorado pela Universidade Politécnica da Califórnia. Ele acredita que os novos territórios urbanos estão alinhados a novos paradigmas do urbanismo sustentável com uso misto e diversificado de comunidades planejadas, diversidade de tipologias residenciais e senso de comunidade e urbanidade. As cidades devem ser cada vez mais espaços geradores de convivência rica e dinâmica, além da preservação ambiental das áreas naturais e espaços abertos.
Um dos exemplos mais evidentes e funcionais dos dias de hoje é o Vale do Silício, região estadunidense que prosperou como
bunker das mais recentes tecnologias e de empresas que dominam o mercado (como Apple, Amazon, Microsoft, entre outras) e que também tem alta sinergia em sustentabilidade e troca de conhecimento. Outra prova de que as novas práticas de cotidiano, moradia e convivência urbana são itens essenciais de uma realidade maior, inserida na Economia Criativa deste século. Esse cenário também compõe a palestra de Carlos Leite.
(*) Liliane Bortoluci é diretora da Expo Arquitetura Sustentável, promovida pela Reed Exhibitions Alcantara Machado, formada em engenharia pela Fundação Armando Álvares Penteado. (A Autora)
Acompanhamos no dia-a-dia o quanto o ser humano está destruindo o meio ambiente. O crescimento das cidades, as indústrias e os veículos estão causando transtornos para o ar, o solo e as águas. O desenvolvimento é necessário, porém, o ser humano...
por Fátima Lima* Exemplo europeu de cidade inteligente, a espanhola Santander utiliza a tecnologia para facilitar a vida dos seus cidadãos Uma ‘smart city’, ou cidade inteligente, é a mais recente inovação tecnológica discutida em diversos fóruns...
Cidades se adaptam para enfrentar mudanças climáticasPublicado 20 Março 2014. em Mudanças Climáticas Sem alternativas urbanísticas para se proteger de grandes enchentes, ondas de calor e outros efeitos das mudanças climáticas, centros urbanos...
por Redação do EcoD Cidade Universitária Pedra Branca defende o conceito de urbanismo sustentável integrando uma preocupação com os pedestres, com as construções sustentáveis e a qualidade dos espaços públicos. Foto: Divulgação Os chamados...
Brasil é o quarto país entre os que mais concentram construções sustentáveis por Carolina Gonçalves, da Agência BrasilBrasília – No ano em que a luta contra o desperdício ganhou o topo da agenda ambiental internacional, o mercado brasileiro...