Uma mensagem dos Registros Akáshicos canalizada por Jen Eramith MA em 01 de Novembro de 2009
Existe um modo ideal de se lidar com a pergunta sobre se Papai Noel é uma pessoa de verdade? Meus filhos estão vivenciando um conflito interno sobre a realidade de Papai Noel e me pergunto qual seria a melhor forma de se lidar com essa questão.A questão de Papai Noel, bem como várias outras estórias infantis, na verdade carrega um potencial para todas as pessoas explorarem a idéia do que é real e o que não é. A questão de Papai Noel é simplesmente uma pergunta sobre se a realidade da terceira dimensão é a única versão legítima da realidade. A resposta, para a maioria de vocês, é que a terceira dimensão não é a única realidade legítima. Cada um de vocês tem uma definição mais ampla do que é real. A maioria de vocês acredita que existem coisas reais que não existem na terceira dimensão. Por exemplo, a maioria de vocês concordaria que o Amor é real e, no entanto, não tem uma presença física. Ele se manifesta em coisas como presentes e abraços, mas o Amor em si mesmo é real e, mesmo assim, não se manifesta na realidade física.Além disto, a maioria de vocês sabe ou acredita que certos seres são reais, embora não tenham corpos físicos. Alguns de vocês acreditam em Anjos, Deus, espíritos, e outras entidades do tipo. Do ponto de vista dos Guardiões dos Registros Akáshicos (vocês poderiam dizer que nós somos tendenciosos, já que somos “reais” mas sem corpos físicos!), existem muito mais entidades não-físicas no seu mundo do que seres e coisas físicas. Seus cientistas desenvolveram uma pista para isto na pesquisa sobre a matéria escura. Ela não é escura, ela simplesmente é invisível de uma perspectiva tridimensional.Todas as culturas da Terra possuem uma mitologia que inclui seres não-físicos, que são considerados reais. Papai Noel é apenas um entre muitos na maioria das culturas ocidentais. Outros exemplos da cultura ocidental incluem a Fada do Dente e o Coelho da Páscoa. A idéia desses seres oferece aos pais a oportunidade de definir explicitamente a realidade para seus filhos. A maioria de vocês tem uma categoria para essas coisas que são reais, mas não fazem parte da realidade física. Por exemplo, provavelmente a maioria de vocês se esforça para criar uma sensação de que existe uma conexão real entre vocês e seus filhos, embora não exista nenhuma corrente ou ligação física entre vocês. O laço do amor e da energia é forte e é real, e muitos de vocês o expressam de inúmeras formas diferentes. A maioria de vocês faz um lindo trabalho criando um sentido de ligação real, apesar de ela não apresentar uma presença física para as suas crianças.Muitos de vocês têm uma pergunta semelhante sobre a existência de Anjos ou a existência de Deus. Papai Noel, por ser uma figura aceita publicamente, traz essa questão para muitas pessoas. A razão de Papai Noel representar um desafio é que as estórias culturais sobre Papai Noel giram em torno de uma prova física da sua existência, incluindo presentes físicos e a estória de um vôo físico com renas e uma descida pela chaminé. Primeiramente, e o mais importante de tudo, é decidir como você deseja definir a realidade para os seus filhos e quanto de realidade não-física será incluído. Em segundo lugar, é importante decidir se você deseja enfatizar a prova física da existência de Papai Noel ou a estória do significado de Papai Noel. Não existe um jeito correto e único de se lidar com a questão de Papai Noel, porque vai depender de como você define a realidade e como você deseja defini-la para os seus filhos.Entretanto, existe um modo mais preciso ou mais honesto de se falar sobre a questão de Papai Noel. Porque a verdade sobre Papai Noel, do ponto de vista dos Registros Akáshicos, é que Papai Noel é real e que ele não existe como um ser físico. Isto é exatamente igual ao conceito que a maioria das pessoas tem de Deus. É exatamente igual ao conceito que a maioria das pessoas tem de Anjos. Anjos são reais, Guias Espirituais são reais, o amor e os laços entre membros de uma família são reais, no entanto nenhum deles possui um corpo físico.A maioria das crianças já tem uma experiência com isto. A maioria das crianças, em algum momento, desenvolve aquilo que os adultos chamam de amigo imaginário. Mas, um amigo imaginário é verdadeiramente real. Um amigo imaginário é quase sempre um Espírito ou um Ser que já vive com seu filho e que o seu filho conhece muito bem. Ocasionalmente, pode não ser um Ser separado que viva com ele, mas uma parte da própria psique da criança que ela não tenha capacidade de encarar ou que tenha necessidade de personificar para poder lidar com ela. Assim, essa parte se torna uma entidade energética. A verdade mais honesta sobre todas essas coisas é que elas são reais, apesar da falta de existência física.Também é muito importante levar em consideração o que o seu filho tem capacidade de entender. O ponto principal é que não existe nenhum modo certo de fazer isso. Depende de como você quer definir a realidade para o seu filho, do que o seu filho tem capacidade de entender nessa idade, e de quais as pressões sociais que seu filho terá que enfrentar em relação à sua definição da realidade.Existe algum modo bom de ajudar as crianças a lidarem com pesadelos? Qual é a melhor maneira de ajudar as crianças que estão tendo pesadelos?Há duas respostas – uma baseada no desenvolvimento normal da infância e outra baseada em pesadelos que provêm de traumas.Mais uma vez, a resposta a esta questão depende das normas da sua família e da situação em que seu filho se encontra. Existem alguns pontos em comum entre crianças e pesadelos. Um deles é que a experiência de pesadelos é comum e é uma reação comum a uma fase natural da infância. Esta é a fase em que a criança começa a entender que a sua realidade nem sempre é coerente com a realidade consensual, com a realidade que aqueles que estão à sua volta definem como realidade.Todos os bebês nascem com a capacidade de compreender Seres não-físicos. Na verdade, durante as primeiras semanas de vida, os bebês têm mais consciência das entidades não-físicas do que das físicas. Eles não conseguem diferenciar entre você como um corpo físico e você como uma entidade energética, a não ser através do toque físico. Eles podem perceber que existe carinho, calor e som, mas a intensidade do sentimento que eles têm em reação à sua energia independe de você aparecer num corpo ou em espírito.Um bebê não é capaz de dar preferência à presença física dos pais, em vez de à sua presença energética – ele os experiencia energeticamente também. Isto significa que ele tem uma impressão e reação intensa e física a qualquer presença e a quaisquer Seres que estejam no quarto com você também. Seus Anjos, seus Guias Espirituais, todos os Seres Divinos e maravilhosos que sustentam a realidade tridimensional onde vocês estão, os bebês têm total consciência deles. Eles se percebem num ambiente repleto de entes amados e não apenas de um ou dois que estejam fisicamente presentes em qualquer momento. Durante a infância, nos primeiros anos de vida, as crianças assumem que todos vocês podem ver, sentir e experienciar esses Seres diferentes. Geralmente elas não sentem necessidade de falar sobre eles, porque vocês não falam sobre eles. Elas assumem que essas energias, esses Anjos, esses Seres amorosos são tão reais para vocês quanto para elas.Em algum ponto do desenvolvimento da mente da criança, ela passa a entender que é separada do mundo à sua volta e pouco tempo depois disso, ela entende que você não vê o mundo do mesmo modo que ela o vê. Nenhuma criança dessa idade conseguiria falar sobre esse processo. É uma experiência profunda demais, que ocorre na estrutura da sua mente subconsciente, de modo que ela não consegue falar exatamente sobre isso. Geralmente o que ela experiencia é uma tremenda sensação de perda e confusão em relação ao que ela pode considerar real e o que não. A perda dessa experiência é que, nesse ponto, a maioria das crianças decide “comprar” a versão da realidade das pessoas à sua volta e parar de prestar atenção aos Seres que elas percebiam até aquele ponto de suas vidas.A maioria das crianças passa muitos anos da infância lenta mas seguramente ignorando os Anjos, os Guias Espirituais e outros Seres que as rodeiam. Algumas mantêm uma sensação forte de que são rodeadas e confortadas por esses Seres. Outras perdem esse sentimento de uma vez. A maioria das crianças, nesse momento, desenvolve a idéia de um amigo imaginário, num esforço para conservar a percepção dos seus companheiros espirituais mais amados. Mas a maioria das crianças, especialmente aquelas que são definidas como normais pelos padrões da sociedade, se esquecem e perdem a capacidade de compreender totalmente esses Seres.Esta é uma parte natural do processo humano. Lembre-se que todos vocês vieram aqui para sentir como se fossem separados uns dos outros e para esquecer quem realmente são. Então, está certo que vocês se esqueçam dessas coisas. E cada um faz isso a seu próprio modo. É nesse estágio do processo, quando ocorrem tristeza e confusão, que geralmente a criança começa a ter pesadelos, pois para ela é assustador perceber que o que ela pensava que era verdadeiro não é mais verdadeiro. Isto a desestabiliza, lhe dá uma sensação de não saber mais o que é real e o que não é. Geralmente essa é a primeira vez que ela vivencia essa divisão em sua consciência. É por isto que muitas crianças começam a ter pesadelos nessa fase. A lembrança de Anjos e Seres diferentes começa a parecer estranha para elas e é aí que a psique pode aparecer com milhões de formas diferentes de expressar esse processo.Seu filho pode estar tendo pesadelos simplesmente baseados no medo, ou pode estar tendo pesadelos sobre um Ser em particular – existem vários pesadelos específicos diferentes que surgem nessa época. Isso acontece geralmente entre dois e três anos de idade, e a maneira mais prática de se lidar com isso é não falar para seu filho que tudo, incluindo seres espirituais, é real, a menos que ele esteja rodeado por outros adultos e crianças que apóiem essa idéia. Do contrário, você estará causando-lhe uma grande confusão social.Esquecer ou perder, ou pelo menos entender que existe uma diferença entre Seres com corpo e Seres sem corpo é um processo importante para as crianças. É vitalmente importante que você se esforce para manter um sentido de relaxamento e amor em relação a essa idéia, para que seu filho possa ver que você não está com medo ou preocupado com o fato de alguns Seres ou energias possuírem um corpo e outras não. Seu sentido de relaxamento e abertura lhe dará grande segurança, nessa fase tão confusa para ele.Pode ser útil conversar com ele sobre o fato da realidade ser tanto física quanto não-física, porque isto oferece à mente da criança duas categorias que fazem sentido. Então sua mente pode começar o longo processo de classificar qual é qual. É importante que você reconheça a “realidade” da experiência do seu filho, pois a criança está constantemente tentando descobrir se uma coisa tem ou não tem um corpo, ou se é ou não real e, às vezes acaba perdendo de vista a si mesma. E então a criança realmente passa por grandes dificuldades, tentando dar um sentido ao mundo. É importante oferecer-lhe duas categoriais. E você pode escolher que tipo de linguagem usar para isso. Mais uma vez, sempre depende de qual é a sua circunstância em particular. Para crianças que estão vivenciando este tipo de pesadelo, este trabalho ajudará imensamente.Existe uma segunda categoria de pesadelos, que está associada a trauma e NÃO será resolvida com a abordagem acima. Com frequência os pesadelos surgem quando a criança está vivenciando um trauma e então, como esta dinâmica é comum, a dinâmica que nós descrevemos aqui, sempre considere que os pesadelos do seu filho podem estar refletindo um trauma que ele está experienciando durante o dia, e SEMPRE procure qualquer possibilidade de situações traumáticas que ele possa estar encontrando, quando está tendo pesadelos. Se você suspeita que este é o caso, tenha certeza de afastá-lo de quaisquer situações perigosas imediatamente e comece o longo caminho de cura através dos recursos disponíveis para você e seu filho.Desde que você tenha se assegurado que os pesadelos não estão vindo de trauma, vá em frente e ajude seu filho a estabelecer essas duas categorias de realidade. A mente dele acabará ordenando essas duas categorias e seus pesadelos não precisarão mais surgir para que elas sejam classificadas enquanto ele dorme.(Novembro de 2009)
Tradução de Vera Corrêa
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