“Uma cooperação internacional intensificada em várias frentes e em novas formas são necessárias para mudar a maneira que o financiamento para o desenvolvimento funciona”, disse o número dois da ONU.
Debate Temático de Alto Nível sobre Meios de Implementação da Agenda Transformadora de Desenvolvimento Pós-2015, na sede da ONU, em Nova York. Foto: ONU/Loey Felipe
Debate Temático de Alto Nível sobre Meios de Implementação da Agenda Transformadora de Desenvolvimento Pós-2015, na sede da ONU, em Nova York. Foto: ONU/Loey Felipe

A comunidade internacional tem finalmente a oportunidade de dar uma vida digna para milhões de pessoas, declarou no início desta semana o vice-secretário-geral da ONU, Jan Eliasson, ao reiterar que o mundo entra na última etapa antes da aprovação da agenda de desenvolvimento pós-2015, que servirá como catalisador para uma mudança transformadora.
Eliasson se dirigiu a representantes dos Estados-membros no Debate Temático de Alto Nível sobre Meios de Implementação da Agenda Transformadora de Desenvolvimento Pós-2015. Ao citar os três grandes marcos de 2015 – a Terceira Conferência Internacional sobre Financiamento para o Desenvolvimento, em Adis Abeba, na Etiópia; a Cúpula pós-2015, em Nova York; e a Conferência sobre o Clima, em Paris – o representante da ONU pressionou os Estados-membros a decidir como contribuirão para esses ambiciosos desafios.
“Está claro que os padrões de financiamento e investimento atuais não alcançarão um desenvolvimento sustentável – mesmo que as economias globais atuais sejam suficientes para financiar as necessidades do desenvolvimento sustentável”, explicou. “Uma cooperação internacional intensificada em várias frentes e em novas formas são necessárias para mudar a maneira em que o financiamento para o desenvolvimento funciona.”
O presidente da Assembleia Geral, Sam Kutesa, somou-se ao pedido de Eliasson por um melhor financiamento que englobe “a ambição, abrangência e escopo” da nova agenda de desenvolvimento da ONU. Como exemplo, citou que fundos adicionais para erradicar a pobreza extrema variam de 135 a 195 bilhões de dólares cada dois anos, enquanto investimentos requeridos para infraestrutura crítica abrangendo transporte, energia, água e saneamento são estimados em 5 a 7 trilhões de dólares ao ano. Como resultado, está claro que os recursos requeridos permanecem “enormes” e devem ser mobilizados de todas as fontes.
“A nova agenda de desenvolvimento universal representa um compromisso coletivo para a humanidade e o planeta”, afirmo Kutesa. “Juntos, não devemos desperdiçar qualquer esforço para formular e chegar a um acordo sobre um quadro para o desenvolvimento e a cooperação internacional que melhore o dia a dia das vidas das pessoas em todo o mundo e proteja o meio ambiente.”
* Publicado originalmente no site ONU Brasil.
(ONU Brasil)