Reportagem cinematográfica produzida nas hidrelétricas do Uruguai questiona custos reais da energia hidrelétrica“A população brasileira precisa estar informada de que a energia limpa e barata de hidrelétricas não existe”, alerta o professor da USP Célio Bermann. Percorremos os caminhos do rio Uruguai, divisa dos Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, para apurar a questão. O resultado desse trabalho é a reportagem cinematográfica “Barragem”, que você assiste no link abaixo.
A maior bacia hidrográfica da Região Sul do Brasil está cravejada de usinas hidrelétricas. O que era um complexo sistema de rios em corredeiras, hoje é uma sequência, quase que contínua, de lagos largos e profundos. E justamente nos últimos trechos em território nacional que ainda preservam características originais do ambiente, o governo federal quer autorizar a instalação de novos empreendimentos. Para isso não mede consequências, e passa por cima de direitos sociais, econômicos e ambientais.
A maior bacia hidrográfica da Região Sul do Brasil está cravejada de usinas hidrelétricas.
Sempre com a posição de que se trata de um recurso natural sustentável, o planejamento das concessões de geração de energia são decididos pelo conceito daquela que consegue vender a tarifa pelo menor preço.”E se chega no menor preço pelo custo do investimento, a energia que cada fonte produz e o custo do dinheiro que tu pegas para realizar o projeto”, prega Ronaldo Custódio, diretor de Engenharia e Operação da Eletrosul, ao defender as hidrelétricas como a que melhor responde a essas exigências.
Acontece que um rio não é uma calha, um dreno, mas um organismo conectado por um sistema de fluxos à montante e à jusante. Para o coordenador do estudo de impacto integrado da Bacia do Rio Uruguai (FRAG/Rio), Rafael Cruz, a primeira pergunta ao se pensar em barrar um rio é qual a capacidade de suporte para usinas hidrelétricas. “Quando se faz a contabilidade tradicional de uma usina hidrelétrica, e não se verifica a fragilidade do rio devido aos impactos ambientais, pode parecer limpa”, critica.
Observando os locais das usinas, conversando com as populações atingidas, questionando as empresas, consultando especialistas e apurando os dados disponíveis, nossa equipe procurou investigar como são tratadas essas “externalidades” que fogem do foco da política energética quando se fazem as tomadas de decisões.
* Publicado originalmente no site Agência Pública. (Agência Pública)
Empresas conseguiram licenciamento com estudos insuficientes sobre impacto ambiental; empreendimentos poderiam causar assoreamento do rio e perda de biodiversidade na regiãoA Justiça Federal suspendeu licenças prévias e de instalação de duas usinas...
Conforme os dados anunciados pelo governo no final do ano passado, a meta é construir 34 hidrelétricas na próxima década Atingido pelos projetos de hidrelétricas no Rio Tapajós – Foto: Joka Madruga Gilberto Cervinski e Guilherme Weimann, do Especial...
por Luciene Cruz, da Agência Brasil Foto: Divulgação/ InternetBrasília – O governo vai desligar hoje (4) todas as usinas termelétricas movidas a óleo combustível e a óleo diesel, que estavam ligadas desde outubro do ano passado. Essas usinas...
Complexo de usinas no Noroeste gaúcho deve desalojar 12,6 mil pessoas Estudos de viabilidade para construção de hidrelétricas podem começar neste mês Estudo de viabilidade deve começar neste mês Crédito: Vilson Winckler / Divulgação / CP Devem...
Allan Walbert – Portal EBC Hidrelétrica de Tucuruí, obra iniciada em 1975 no rio Tocantins, foi finalizada depois de 30 anos e custou cerca de 15 bilhões de dólares. Valor foi dez vezes mais do que o previsto inicialmente (Paulo Santos/2002/Amazônia...