Por Fátima Chuecco (da Redação da ANDA)
Foto: Reprodução Internet
Finalmente, o governo federal americano está tratando o abuso de animais como um crime grave. No mês passado, o Federal Bureau of Investigation silenciosamente mudou sua política, ao concordar em adicionar crueldade animal como uma ofensa distinta no Sistema de Notificação de Incidentes Based Nacional (NIBRS).
Até agora, o FBI classificou o abuso de animais sob a categoria “outros”, com um grupo de infrações menos graves. Isso tornou difícil para as agências de aplicação da lei e grupos de bem-estar animal para monitorar e lutar contra a violência aos animais. Agora, o crime terá sua própria classificação semelhante ao de outros crimes violentos, como homicídio, assalto e estupro.
As quatro categorias são: a simples negligência; abuso intencional e tortura; abuso organizado (ou seja, cão e galo de briga); e abuso sexual animal.
Exemplos de tais abusos incluem falta de comida, água, abrigo ou cuidados veterinário necessário, confinar um animal de uma forma que é susceptível de causar ferimentos ou morte, e infligir dor excessiva ou repetida e sofrimento. Esta definição não inclui a manutenção de animais para show ou esporte, o uso de animais para alimentação, caça ou pesca.
Embora desapontado que a nova política não vai cobrir a produção animal industrial e não faz nada para reverter as chamadas leis “Ag-gag” – que proíbem o registro de imagens dentro de uma fazenda sem permissão – defensores do bem-estar animal aplaudiram a medida. ”É algo excelente e tem dois efeitos imediatos”, disse John Goodwin, diretor de política abuso de animais na Humane Society of America (HSUS). “Em primeiro lugar, o fato de que o FBI está considerando crimes de crueldade importantes o suficiente para controlá-los envia uma mensagem a todas as agências de aplicação da lei que esta é uma preocupação séria”. O segundo resultado será o rastreamento em tempo real de abuso de animais em todos os 50 estados, compiladas em relatórios mensais pela polícia local. A transmissão dos dados terá início em janeiro de 2016.
Lei de Patrick
Segundo o Animal Welfare Institute – organização que preza pelos direitos animais - grupos de proteção animal já vinham pressionando as autoridades por mudanças na punição de crimes. O FBI adotou as mudanças atendendo aos pedidos desta organização e também da organização dos xerifes e delegados dos Estados Unidos, a National Sheriff’s Association. Ambos pediram para que os crimes contra animais fossem tratados como casos específicos, e não generalizados em crimes de “todas as outras ofensas”.
Victor Amato, diretor de aplicação das leis em Monmouth County, disse que sua agência tem fornecido estatísticas que têm ajudado o trabalho do FBI há anos em suas análises internas. “Agora eles estão dando um passo além”, disse Amato. “As pessoas estão encarando a crueldade animal de uma forma cada vez mais séria. Trata-se de um crime violento e, se passar despercebido, pode levar a atos ainda piores”. Amato disse ainda que tais mudanças fazem parte de uma tendência no aumento da preocupação com relação aos problemas ligados à crueldade animal. “Um animal é uma vítima muito fácil; ele não pode pegar o telefone e chamar a polícia”.
No último ano, o governador Chris Christie assinou a “Lei de Patrick”, que elevou a crueldade animal de um simples delito para uma ofensa de quarto grau. O nome da lei é uma homenagem ao pit bull Patrick, que foi abandonado em uma lixeira e encontrado extremamente debilitado e magro. Este caso chamou a atenção de todos os estadunidenses e serviu de exemplo a todos como um caso de abusos aos animais. Mais recentemente, o Legislativo abordou a questão e decidiu proibir a prática de tatuagens e piercings nos animais.
Outros Casos
Em uma série de reportagens publicada na ANDA e focada em criminosos que começaram torturando e matando animais, desfilam inúmeros exemplos que confirmam a necessidade de se identificar, punir e monitorar pessoas que cometem tais atos. A série foi baseada em pesquisa sobre os 500 psicopatas mais famosos do mundo, artigos de especialistas no assunto e entrevistas. O que o FBI acaba de lançar, com início previsto para 2016, representa uma medida preventiva, de proteção não somente aos animais, mas a toda a sociedade.
É importante que autoridades, polícia e sociedade enxerguem que o mesmo sujeito que maltrata e mata animais, quase sempre, também bate na esposa e nos filhos, e é capaz de grandes picos de violência em massa. É muito importante denunciar todo e qualquer torturador ou matador de animais (até mesmo aquele que faz isso de forma indireta, espalhando veneno de rato). Deter esses indivíduos salva a vida de animais e de pessoas.
Por conta disso, vale lembrar que no Brasil, 80 mil crianças desaparecem por ano sem deixar qualquer vestígio. Elas podem estar caindo nas mesmas mãos daqueles que assassinam animais. Matar animais é só um “treino”.
Será que apesar de não ter cura, o psicopata tem poder de escolha entre praticar ou não o mal? Como saber se temos pré-disposição à psicopatia? Veja tudo isso e muito mais nos links abaixo:
Um psicopata a cada quadra (estatísticas e o Indice da Maldade)
Disfarces profissionais usados por psicopatas
Caso Dalva, a maior matadora de animais de todos os tempos e que será julgada em 4 de maio em SP, entre outros casos
Crianças Perversas foi o capítulo mais polêmico com mais de 8 mil curtidas. Procura mostrar o quanto é importante identificar as crianças que maltratam animais e dar a devida atenção para esse comportamento não perpetuar e até se agravar na vida adulta.
Quem treina cães e galos para rinhas ou se diverte com essas atividades criminosas pode ter sérias tendências à violência contra humanos também. São os psicopatas ocultos. E os inversos são aqueles que acreditam estar fazendo o bem quando na verdade estão prejudicando os animais e a si mesmos.
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