Manchetes Socioambientais - Boletim de 5/8/2013
Universo Energético

Manchetes Socioambientais - Boletim de 5/8/2013


Povos Indígenas

 
 

Leia MaisAwá: a luta dos 'índios invisíveis' no paraíso sitiado

Bravos e vulneráveis, os índios Awá resistem no que resta de Floresta Amazônica no Maranhão. As terras indígenas, que também formam a Reserva Biológica de Gurupi, são alvo da cobiça de madeireiros e grileiros, e a devastação já destruiu um terço do lar desse povo, considerado o mais ameaçado do mundo. Eles foram contatados a partir de 1979, a ampla maioria não fala português e alguns continuam fugindo. As terras que ocupam já foi demarcada e homologada. Chegou o momento da retirada dos não índios. Um dos líderes da aldeia Juriti, Piraíma'á avisa: "Os madeireiros estão matando as árvores. Vão nos matar. vou resistir, tenho coragem". Os Awá, um dos últimos povos caçadores e coletores, creem que a morte da floresta será o fim da vida na terra e no céu, por isso o desmatamento assume contornos apocalípticos - O Globo, 4/8, País, p.12 a 15.
 

Leia MaisGoverno promete ação em terra Awá

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou que o governo usará toda a sua força para retirar ainda neste ano invasores das terras indígenas Awá, no Maranhão. No ano passado, madeireiros e seus jagunços levaram a melhor em confronto com a Polícia Federal e a Força Nacional. Eles continuam a agir livremente, colocando em risco a sobrevivência dos Awá, relatam Míriam Leitão e o fotógrafo Sebastião Salgado - O Globo, 5/8, País, p.3 a 6.
 

Leia MaisFunai e União terão que pagar R$ 500 mil por danos morais

Servidores da Funai em Roraima têm dormido ao ar livre cobertos por lonas, bebido água de rios sem tratamento e cozinhado alimentos em fogueiras. Por causa dessas condições, a Justiça do Trabalho da 11ª Região (Amazonas e Roraima) condenou a Funai e a União ao pagamento de R$ 500 mil por danos morais coletivos e determinou a resolução dos problemas. O juiz Joaquim de Lima, da 1ª Vara do Trabalho de Boa Vista, classificou como "precário, indigno e insalubre" o ambiente de trabalho dos servidores da Funai que prestam serviço em áreas indígenas. Cabe recurso contra a decisão - FSP, 5/8, Poder, p.A7.
 

Leia MaisCabral planeja receber índios e admite rever destino de museu

A reação do governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), para tentar conter a queda de sua popularidade inclui abrir as portas do Palácio Guanabara para indígenas que formavam a "Aldeia Maracaná". Os indígenas que ocupavam o antigo Museu do Índio foram retirados em março com forte aparato policial. Agora serão recebidos, possivelmente na próxima semana, por Cabral. A ideia do governador era demolir o edifício, como parte do que chamava de modernização do Maracanã e entorno. Antes da retirada dos indígenas, Cabral já havia desistido de demoli-lo, mas disse que o local seria usado para instalar um Museu Olímpico. A decisão não agradou os ocupantes do local. Agora, o antigo Museu do Índio deve abrigar um centro de estudos sobre a cultura indígena - FSP, 3/8, Poder, p.A6.
   
 

Energia

 
 
A opção por hidrelétricas a fio d'água deve levar à redução da capacidade de armazenamento de energia nos reservatórios do Sistema Interligado Nacional, aponta estudo da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). A entidade calcula que o tempo médio efetivo de reserva de água para geração elétrica em períodos de seca será de apenas 2,14 meses em 2021, próximo a níveis considerados críticos. No momento em que o governo se debruça sobre o Plano Nacional de Energia 2050, que definirá a composição da matriz energética no período, a Firjan pressiona para reabrir a discussão sobre a construção de usinas com grandes reservatórios, condenadas pelo impacto ambiental da inundação - OESP, 3/8, Economia, p.B6.
 

Leia MaisGás de xisto, uma revolução americana

Em apenas quatro anos, a exploração de gás de xisto nos Estados Unidos iniciou uma revolução energética capaz de alterar o cenário econômico do país. Os EUA estarão em poucos anos exportando gás natural em volume suficiente para mudar o panorama mundial. A reserva americana de gás de xisto é estimada em 2,7 trilhões de metros cúbicos. É suficiente para abastecer o mercado por mais de 100 anos. Mas pode ser maior. A extração começou há poucos anos, está em constante avanço tecnológico e contribuiu para a produção de 27,4 quatrilhões de BTUs no ano passado - OESP, 4/8, Economia, p.B8.
 

Leia MaisAmbientalistas veem risco na extração do gás de xisto

A produção de gás de xisto nos EUA deve abandonar a tecnologia de injeção de água, em poucos anos, e incorporar outra com menor risco de contaminação de fontes de água potável. Mas até lá, a extração estará assombrada pelos riscos à saúde pública e ao meio ambiente e pela briga entre ambientalistas e companhias do setor. Um total de 86,4 milhões de m3 de água - com aditivos químicos tóxicos - é injetado a cada ano apenas nos poços de Marcellus, a maior fonte de gás de xisto dos EUA. Cerca de 1/3 desse volume de água retorna à superfície com a aparência de lama, carregada de compostos orgânicos, metais radioativos e detritos de rochas. Risco potencial de contaminação está presente em toda a operação - OESP, 4/8, Economia, p.B9.
   
 

Geral

 
 
Na contramão da prudência necessária em tempos de ameaça de escassez, o consumo médio de água por habitante no Estado do Rio está 46,2% acima da média do país. A média de consumo por cliente no estado é de 237,8 litros por habitante/dia, enquanto a nacional é de 162,6. Para especialistas, essa insustentabilidade no consumo cotidiano do Rio está ligada aos baixos índices de medição no estado, às perdas da Cedae e à falta de hidrômetros individuais - O Globo, 3/8, Ciência, p.10.
 

Leia MaisNo PAC, os atrasos continuam

"Alongar prazos e classificar como 'adequada' a execução tem sido usado para muitos projetos, porque o atraso é uma característica do PAC. Prevista para 2010, a conclusão da obra de restauração e pavimentação da BR-163 no trecho entre Santarém (PA) e Guarantã do Norte (MT) foi empurrada para 2013 e em seguida para o fim de 2015. Também estão atrasados grandes investimentos em ferrovia. Os péssimos resultados na área de saneamento são especialmente escandalosos. Segundo informou em junho o Instituto Trata Brasil, só 20 das 138 obras programadas para 28 cidades com mais de 500 mil habitantes haviam sido terminadas, embora os contratos tivessem sido assinados entre 2007 e 2008", editorial - OESP, 5/8, Notas e Informações, p.A3.
   
 




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