Universo Energético
Manchetes Socioambientais - 7/12/2012
Países fecham acordo prévio em Doha
Em um raro momento de sintonia nas negociações da Conferência do Clima da ONU (COP-18), que acontece em Doha, no Qatar, as delegações conseguiram chegar ontem a um acordo prévio sobre algumas questões. No rascunho do texto que propõe uma segunda fase do Protocolo de Kioto, apresentado pelo Brasil, os países concordaram em reduzir consideravelmente suas emissões de carbono negro (fuligem), metano e ozônio - poluentes de curta duração, já que não permanecem muito tempo na atmosfera. Com isso, seria possível chegar a uma redução na temperatura de 0,5 grau Celsius em 2050, o que projeta uma queda de 4 a 6 graus Celsius no aquecimento global nos anos subsequentes. Já as metas de corte das emissões de dióxido de carbono ainda estão incertas. O texto, no entanto, continua permeado de colchetes, o que significa falta de acordo -
O Globo, 7/12, Ciência, p.46. Desânimo marca conferência do clima A Conferência do Clima da ONU, que ocorre em Doha (Catar), entra em seu último dia sob desânimo e falta de sentimento de urgência entre os negociadores, apesar de urgência e ambição serem as palavras mais pronunciadas no evento. O principal resultado deve ser a conclusão dos termos do segundo período do Protocolo de Kyoto, para entrar em vigor em 2013. Mas o chamado LCA (grupo de trabalho sobre cooperação de longo prazo), criado em 2007 na COP de Bali, que teria de ser finalizado neste ano, precisará de alguma manobra para destravar. A encrenca, como sempre, é o financiamento dos países ricos para ações de mitigação e adaptação nos mais pobres. Há um compromisso, acordado em Copenhague em 2009, de que até 2020 se chegará a uma doação de US$ 100 bilhões por ano. A expectativa era que em Doha se estabelecesse um mapa de como as nações vão chegar a esse valor -
OESP, 7/12, Especial, p.H6.Choro de diplomata cala cúpula do clima Com a voz embargada, os olhos cheios de lágrimas e um discurso sem os eufemismos comuns nas negociações diplomáticas, o chefe da delegação das Filipinas deixou ontem a cúpula mundial do clima em silêncio. "Por favor, chega de desculpas e atrasos. Abram os olhos para a dura realidade que nós enfrentamos. Se não for agora, quando será?", apelou Naderev "Yeb" Saño na última plenária de discussões sobre a extensão do Protocolo de Kyoto na COP-18, em Doha, no Qatar. Mas é difícil dizer se a bronca de Saño, cujo país acaba de ser atingido por um grande tufão que deixou mais de 500 mortos e centenas de desabrigados, será suficiente para promover alguma mudança de rumo na conferência -
FSP, 7/12, Ciência, p.C17; OESP, 7/12, Especial, p.H6.País de Gales, um exemplo internacional Ministro do Meio Ambiente do País de Gales, uma nação de três milhões de habitantes grudada no Sudoeste da Inglaterra, John Griffiths pode circular com desenvoltura entre os representantes dos outros 193 países que negociam na COP-18. A não ser que haja uma súbita reviravolta política, Gales será a primeira nação no mundo a adotar medidas jurídicas para que todos os órgãos públicos - de postos de saúde a bibliotecas - levem em conta o meio ambiente e as consequências sociais quando tomarem decisões estratégicas. A Lei do Desenvolvimento Sustentável, como a iniciativa é conhecida, deve ser adotada daqui a menos de um ano. Griffiths foi a Doha ver como o mundo pode avançar neste sentido e conversar sobre a experiência de seu país -
O Globo, 7/12, Ciência, p.46. A novela das enchentes "São Paulo reúne todas as condições para viver neste verão mais um capítulo da novela das enchentes, que transtorna a vida da cidade e acarreta enormes prejuízos de toda ordem à população, ao comércio, à indústria e aos serviços. Mais uma vez, muitas das medidas prometidas pela Prefeitura para enfrentar o problema - desde obras de vulto, como construção de reservatórios, até a simples manutenção em bom funcionamento do sistema de drenagem - estão atrasadas e dificilmente serão executadas a tempo. O ano já está terminando, a temporada de chuvas já começou, mas a Prefeitura só gastou até agora 43% do total previsto para ações contra as enchentes em 2012. De acordo com o último balanço divulgado pelo governo municipal, no último dia 12, foram empenhados apenas R$ 291,3 milhões do total de R$ 678,4 milhões reservados para aquele fim", editorial -
OESP, 7/12, Notas e Informações, p.A3.GeralNoruega financia Fundo Amazônia A Noruega anunciou ontem investimentos de U$S 178 milhões para o Fundo Amazônia. Para o representante norueguês Bard Vega Solhjell, os recursos são uma mostra de apoio aos esforços brasileiros no combate ao desmatamento na maior floresta tropical do mundo. Segundo a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, isso ajudará a dar início aos 47 projetos do fundo que ainda esperavam aprovação -
O Globo, 7/12, Ciência, p.46; O Globo, 7/12, Panorama Político, p.2. A mesma retórica, apenas, não resolverá "Em debate acadêmico em Porto Alegre, o economista do Ipea Marcos Antonio Macedo Cintra apontou para um século 21 de 'domínio asiático' e de 'consequências apavorantes' para a América Latina, já que 'os chineses precisarão de um mundo que apenas forneça alimentos e matéria-prima para o seu consumo interno, que chegará a 4 bilhões de pessoas na classe média em 2020'. Isso condenaria o Brasil, na relação com a China, à posição de exportador de alimentos e matérias-primas e importador dos produtos da revolução tecnológica chinesa. Inquietante, ainda mais considerando que a China já se vai tornando o principal destino agrícola brasileiro, para onde convergem 24,3% dos produtos agrícolas que exportamos no primeiro semestre, com a soja representando 66,7% do total", artigo de Washington Novaes -
OESP, 7/12, Espaço Aberto, p.A2.**************************************
FONTE : Manchetes Socioambientais, Boletim de 7/12/2012.
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