(da Redação da ANDA)
Começou mais uma vez o Iditarod Trail Sled Dog Race – corrida anual de cães de trenó, que ocorre no início de março no Alasca, entre as cidades de Anchorage e Nome. É um evento comercial de grandes proporções, promovido pelo estado: os condutores vencedores ganham prêmios em dinheiro e tornam-se celebridades na região. Para os cães, no entanto, a corrida de mil milhas (equivalentes a 1.600 km) significa dias de sofrimento e, para alguns, até mesmo a morte. No Iditarod, equipes de cães são obrigadas a puxar um trenó por muitos quilômetros através do deserto do Alasca, muitas vezes correndo em um ritmo extenuante de até 100 km por dia, durante sete a dez dias seguidos. As informações são do One Green Planet.
O site do Iditarod define a competição como: ”Uma corrida abrangendo mil milhas das mais rústicas e belas passagens que a Mãe Natureza tem para oferecer. Ela se estende por intervalos irregulares de montanha, rios congelados, florestas densas, tundra deserta e quilômetros de costa varrida pelo vento dos condutores e de suas equipes de cães. Acrescente a isso temperaturas muito abaixo de zero, ventos que podem causar uma perda completa de visibilidade, riscos de transbordamento, longas horas de escuridão, subidas traiçoeiras e colinas laterais, e você tem o Iditarod”.
Em termos de origem, o evento é a recriação de um fato histórico: a corrida para erradicação de um surto de difteria na cidade de Nome, no Alasca, em 1925. Na ocasião, as vacinas eram transportadas por cães em trenós – que já eram explorados para isso, sobretudo os da raça Malamute.
Em 1973, começou o Iditarod com um caráter competitivo, para testar os melhores competidores (chamados “mushers”) e equipes de trenós de cães. Atualmente, segundo a reportagem, a prática é “uma máquina geradora de dinheiro, em que cada participante paga uma taxa de entrada de mais de US$3 mil, e prêmios de US$650 mil são divididos entre trinta vencedores.
O Iditarod coloca vidas de diversas espécies de animais em risco. Animais selvagens de grande porte como alces e uapitis que entram no caminho utilizado para a corrida são frequentemente mortos. Cães feridos ou derrubados são deixados sozinhos e acorrentados em locais denominados “postos de verificação” com seus documentos e um pouco de ração. Durante as corridas, todos os cães permanecem amarrados entre si por todo o tempo. A “regra 42″ afirma que “todas as mortes de cães são lamentáveis, mas há algumas que podem ser consideradas inevitáveis”.
Animal ferido em Aspen – outro caso de cães explorados para puxar trenós (Foto: Colorado Department of Agriculture)
Em alguns estados americanos, as condições de cães explorados para puxar trenós podem ser consideradas crime. Na Califórnia, é crime infligir sofrimento ou crueldade a um animal, particularmente por “excesso de trabalho”. Violações podem resultar em até três anos de prisão e multas de até US$20 mil. Entretanto, a lei do Alasca convenientemente “não se aplica a cães de trenós, ou cães que estejam participando de concursos ou torneios”. Assim, a indústria se protege das acusações.
Desde que o evento começou nos anos 70, mais de 140 cães morreram – de ataque cardíaco, pneumonia, rompimento muscular, desidratação, diarreia e lesões na coluna. Eles são empalados nos trenós, afogados ou acidentalmente estrangulados. De acordo com a ONG Sled Dog Action Coalition, fora de temporada, os cães são amontoados em pequenos canis sem gerenciamento ou supervisão. Muitos são amarrados em correntes curtas, incapazes de brincar e são forçados a se sentar, levantar e deitar na mesma pequena área em que também se alimentam e defecam. Quando os cães já não são considerados rentáveis, eles são mortos.
Mas não é apenas no Iditarod que os cães explorados para puxar trenós são vitimados por humanos. Eles sofrem maus-tratos em outros estados, seja nas pistas ou fora delas. Em janeiro, a ANDA publicou a história de um operador de trenós de Aspen, no Colorado que recebeu oito acusações de crueldade animal, quando investigações revelaram que ele deixava cães famintos, doentes e amarrados ao relento, expostos ao frio.
Assine a petição que a ALDF encaminhará aos patrocinadores do Iditarod, pedindo que retirem o seu apoio a esse evento cruel
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