Qualquer recipiente que possa acumular água, mesmo que em pequena quantidade, pode virar um criadouro do mosquito transmissor da dengue. E nas regiões Norte, Sul e Centro-Oeste do país, o lixo é o principal criadouro do Aedes aegypti. O número de casos da doença teve queda de 80% na comparação dos primeiros três meses de 2014 com o mesmo período do ano passado. Apesar da redução expressiva, o Ministério da Saúde ressalta a importância de manter-se o alerta e a necessidade de dar continuidade das ações preventivas.
Segundo dados do Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), o Centro-Oeste do país concentra no lixo 43,8% dos criadouros do mosquito transmissor da dengue. Já na Região Norte, esse número chega a 52,4% dos criadouros. E o Sul concentra no lixo 50,1% dos criadouros. No Sudeste, os depósitos domiciliares, como calhas e pratos de vasos de planta, representam 55,7% dos criadouros do mosquito transmissor da dengue. O Nordeste concentra na água armazenada 75,3% dos criadouros. Por isso, remover o lixo e manter os depósitos de água tampados são medidas que evitam a proliferação do mosquito Aedes aegypti.
“Se a gente tem capacidade de identificar se é um problema mais relacionado a acondicionamento de lixo, se é mais relacionado a depósitos domiciliares ou a acondicionamento da água, isso desencadeia para os municípios a possibilidade de uma estratégia mais direcionada aos determinantes. Ou seja, ao invés da gente trabalhar só na qualificação das nossas equipes para poder fazer diagnóstico precoce, evidenciar sinais de agravamento e fazer a conduta terapêutica adequada, nós podemos investir no enfrentamento dos determinantes que podem nos ajudar em relação aos resultados”, destaca o ministro da Saúde, Arthur Chioro.
O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, alerta para que a sociedade se mantenha mobilizada no combate a doença. “Cada família leva, no máximo, dez a quinze minutos para fazer uma vistoria simples na casa. Além disso, é importante a população cobrar do poder público que faça a sua parte. A prefeitura tem que limpar os terrenos baldios, tem que limpar os cemitérios, as praças e fiscalizar aqueles comércios que são potencialmente mais perigosos como borracharias e ferros velhos”, completa.
* Com informações de Ana Cláudia Amorim/ Web Rádio Saúde / Agência Saúde.
** Publicado originalmente no Blog Saúde.
(Blog Saúde)