O Jardim Botânico do Rio de Janeiro lançou uma plataforma virtual com o maior arquivo de imagens de amostras botânicas até hoje reunidas no Brasil, com acesso aberto e gratuito. Quem se interessar em pesquisar a botânica brasileira poderá consultar, de qualquer ponto do planeta, a partir desta segunda-feira (30/09), dados de amostras de plantas brasileiras, registradas no Herbário Virtual-Reflora em mais de 420 mil imagens de alta resolução.
Os herbários são fontes de informações sobre a flora nacional ou de outros países, além de abrigar dados sobre espécies de plantas existentes em outros períodos da história. A iniciativa partiu do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), com execução do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, que abriga o Herbário Virtual, em parceria com o Royal Botanic Gardens Kew, do Reino Unido, Muséum National d’Histoire Naturelle de Paris, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), e patrocínio das empresas Natura e Vale.
Sem barreirasGraças às coleções virtuais do Jardim Botânico, será possível superar as barreiras físicas, que sempre dificultaram as investigações conduzidas por pesquisadores ou mesmo pelos leigos interessados no tema. As informações e fotos poderão ser armazenadas pelo pesquisador em seu próprio computador, democratizando o acesso ao material virtual. “As amostras contam não só a história da vegetação, mas também de um pensamento científico de uma época, porque elas contam como os naturalistas que as coletaram em épocas distintas enxergavam o Brasil”, afirma a coordenadora do Herbário, Rafaela Campostrini Forzza.
Cada espécie conta a história da época em que foi coletada e muitas das amostras catalogadas pelos naturalistas dos séculos XVIII e XIX foram repassadas para herbários europeus. Antes, para se ter acesso às coleções, os pesquisadores de hoje eram obrigados a viajar para os países onde estão guardadas ou pedir exemplares pelo correio, o que implica riscos.
Para a coordenadora do Herbário do Jardim Botânico do Rio, o formato digital facilitará os estudos e a troca de informação, sendo que as imagens em alta resolução permitem, inclusive, medir precisamente o tamanho da flor. Esta facilidade não se aplica às plantas que precisam ser abertas e analisadas com lupa, já que este procedimento somente pode ser feito com amostras físicas. Mesmo nesses casos, o acervo digital permitirá ao cientista fazer uma pré-seleção do material que deseja estudar antes de solicitá-lo pelo correio, diminuindo os riscos de perda. Acesse o site do Herbário Virtual-Reflora.
* Publicado originalmente no site Ministério do Meio Ambiente. (Ministério do Meio Ambiente)
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