(da Redação da ANDA)
Foto: AFP/ Juni Kriswanto
As pessoas que trabalham nos matadouros são mais propensas a serem insensíveis ao sofrimento, o que por sua vez pode torná-los mais propensos a serem violentos contra seres humanos, segundo pesquisa publicada na revista Society and Animals.
O estudo descobriu que cidades com matadouros têm taxas mais elevadas de violência doméstica e crimes violentos, incluindo assassinato e estupro, o que levou a equipe australiana a investigar a situação, segundo o News.com.au.
De acordo com a professora da Universidade Flinder, Nik Taylor, quanto mais a atitude de uma pessoa for positiva para com os animais, mais baixos os seus níveis de agressividade. O inverso também é verdadeiro – se você é cruel com os animais, você é mais provável que seja violento com os seres humanos.
Taylor descobriu que os níveis de agressividade dos trabalhadores de matadouros são “tão altos que chegam a ser similares às taxas das populações encarceradas”.
A especialista acrescentou ainda que as mulheres na indústria da carne são ainda mais agressivas do que os homens. “Nós observamos mulheres muito agressivas. Talvez elas se sintam pressionadas a serem mais violentas”, disse Taylor.
O estudo incluiu trabalhadores da indústria da carne e agricultores. Os pesquisadores utilizaram uma escala de “propensão para agressividade”. A investigação mostrou que os agricultores têm atitudes menos agressivas do que a comunidade em geral.
Segundo Taylor, apesar da sua amostra ter sido pequena – 41 agricultores e 26 trabalhadores de matadouros -, ela se baseia em outras pesquisas que estabelecem uma ligação entre trabalhar num matadouro e ser mais agressivo e propenso a violência.
Um estudo de 2010, realizado pela criminologista canadense Amy Fitzgerald, descobriu que crimes violentos, incluindo agressão sexual e estupro aumentam nas cidades quando um matadouro é instalado.
A professora da Universidade de Windsor comparou estatísticas de 581 condados dos Estados Unidos para provar a ligação. De acordo com Fitzgerald, os trabalhadores tornam-se insensíveis à violência. Ela descartou fatores como o afluxo de homens e jovens imigrantes, comunidades que muitas vezes são culpadas injustamente.
Segundo Fitzgerald, não era a natureza do trabalho repetitivo e perigoso, mas o ato de matar um animal que causou o aumento da violência.
“Algo peculiar sobre (matadouros) é que (os trabalhadores) não lidam com objetos inanimados, mas com animais vivos. Eles são levados para a morte e, em seguida, processados”,afirmou.
Para Taylor, os resultados australianos mostram que é preciso mais estudos que avaliem o efeito do trabalho em matadouros tanto para os empregados colaboradores quanto para a comunidade.
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