A empresa norte-americana de serviços e tecnologia General Electric Company (GE) confirmou nesta quarta-feira (30) que apresentou uma proposta formal para adquirir o grupo francês Alstom. Se a transação for efetivada, a união das companhias criará a maior produtora de tecnologias renováveis do mundo.
O acordo totalizaria US$ 16,9 bilhões, sendo US$ 13,5 bilhões pelo valor de mercado da Alstom e US$ 3,4 bilhões pelo caixa líquido. A firma francesa, que sofre com grandes dívidas, afirmou que um acordo com a GE incluiria energias térmica, renováveis e redes. A Alstom também repensaria o foco de suas atividades de transporte.
“A Alstom usaria a venda para fortalecer seus negócios de transporte e daria a eles os meios de um desenvolvimento ambicioso, pagando suas dividas e retornando o lucro para seus acionistas”, afirmou a empresa.
A Alstom já se mostrou aberta a aceitar a oferta, e indicou um comitê de diretores independentes, que inclui membros do governo francês, para avaliar a transação. A companhia de telecomunicações Bouygues, que detém 29% das ações do grupo, apoia o acordo, que deve ocorrer até 2015.
“Essa é uma transação estratégica que reforça o portfólio da GE. A energia e a água são nossos segmentos de maior crescimento e margem industrial e são fundamentais para o futuro da GE”, observou Jeff Immelt, presidente da empresa norte-americana.
Os setores de tecnologias renováveis da GE e da Alstom são vistos como complementares, já que a firma francesa se foca em energia eólica offshore e hidrelétrica, enquanto a GE é mais forte em energia eólica onshore.
Patrick Kron, diretor executivo da Alstom, declarou que “a combinação dos negócios de energia complementares da Alstom e da GE criaria uma entidade mais competitiva para servir melhor à necessidade dos clientes. Os empregados da Alstom se uniriam a um grande player global, com os meios para investir em pessoas e tecnologia para apoiar clientes de energia no mundo todo em longo prazo”.
“Esperamos uma integração colaborativa e rápida que trará eficiência à cadeia de suprimentos, infraestrutura de serviços, alcance comercial e desenvolvimento de novos produtos”, acrescentou Immelt.
Mas o governo francês, que faz parte do comitê de análise do acordo, não se mostrou muito entusiasmado com a oferta dos norte-americanos, e parece mais inclinado a apoiar uma proposta do conglomerado alemão de engenharia Siemens. A Alstom não descartou a hipótese de considerar a venda para a Siemens, mas afirmou que a empresa ainda não apresentou proposta.
* Publicado originalmente no site CarbonoBrasil. (CarbonoBrasil)
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