A Justiça Federal inspecionou o rio do Braz, em Canasvieiras, no norte da Ilha de Santa Catarina, na tarde desta quarta-feira. Uma ação civil pública (ACP) do Ministério Público Federal (MPF) de 2014 motivou a visita do juiz federal Marcelo Krás Borges, que verificou o aterro do manancial e o sistema de tratamento de esgoto na região. Ele foi acompanhado de uma perita ambiental e representantes de diversos órgãos públicos. A Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Canasvieiras foi um dos locais visitados pela comitiva.
O juiz Marcelo Krás Borges não conversou com a imprensa durante a inspeção, que foi acompanhada por técnicos da Casan. A engenheira ambiental Bernadete Regina Steinwandter, contratada pela Justiça para fazer uma inspeção na foz do rio do Braz, afirmou que o parecer só ficará pronto daqui 15 dias.
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A visita foi acompanhada pelo procurador João Marques Brandão Neto, que representa o MPF em uma ACP de 2014 que questiona o sistema de tratamento de esgoto em Canasvieiras. A Casan é ré na ação. O argumento do MPF é que, como a ação ainda está tramitando, a "obstrução da foz é ilegal por descaracterizar o objeto da ação principal e impedir a realização de perícia judicial". Isso justificou ainda a abertura de um inquérito policial pela procuradoria para apurar possível fraude processual na ação dos órgãos responsáveis.
Foto: Hyury Potter / Agência RBS
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