Segundo a FAO, o fluxo de energia calórica gerada no centro da terra pode ser utilizado para uma produção mais eficiente de alimentos. Foto: ONU/Eskinder Debebe
Segundo a FAO, o fluxo de energia calórica gerada no centro da terra pode ser utilizado para uma produção mais eficiente de alimentos. Foto: ONU/Eskinder Debebe
O calor gerado pelo centro da terra pode ser utilizado na produção sustentável de alimentos; medida pode beneficiar especialmente países em desenvolvimento.
Um estudo divulgado pela agência da ONU para Agricultura e Alimentação, FAO, destaca que o fluxo de energia calórica gerada no centro da terra pode ser utilizado para uma produção mais eficiente de alimentos.
Segundo a FAO, a energia geotérmica pode ajudar principalmente os países em desenvolvimento. Nessas nações até metade de todos os alimentos produzidos se perde na etapa pós-colheita, devido à falta de energia acessível para o processamento.
Leite
A energia geotérmica pode ser utilizada na fase de secagem dos alimentos, na pasteurização e na esterelização do leite, por exemplo. A FAO explica que com maior processamento dos alimentos, as nações em desenvolvimento podem aumentar a segurança alimentar.
A secagem pode prolongar a vida útil de alimentos como peixes e hortaliças e contribuir para que estejam disponíveis por todo o ano, inclusive em épocas de seca.
Segundo a FAO, a energia geotérmica é também fonte importante para aquecer estufas, o solo, e a água. A agência da ONU destaca ser um tipo de energia renovável, limpa e de baixo custo.
Países Favoráveis
Países do chamado “Anel de Fogo”, na costa do Pacífico, como Indonésia, Filipinas e México, estão em localizações favoráveis, assim como a Etiópia, na África, e a Romênia, no leste europeu.
No mundo, 38 países utilizam a energia geotérmica na produção agrícola e 24 nações investem neste tipo de energia para produzir eletricidade, como Islândia e Costa Rica.
A investigação da FAO sugere que o uso da energia geotérmica nas estufas diminui a infecção de cogumelos, por exemplo, e reduz os custos dos combustíveis em cerca de 80%.
* Publicado originalmente no site Rádio ONU.
(Rádio ONU)