Erupção solar provoca forte tempestade geomagnética na Terra
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Erupção solar provoca forte tempestade geomagnética na Terra





Alguém viu ou ouviu na midea tal informação???????, porque não????????



Como esperado, uma grande ejeção de massa coronal ocorrida no início deste mês atingiu o campo magnético da Terra, produzindo forte tempestade geomagnética sobre a região polar norte. Como ocorreram duas erupções solares, novos impactos estão previstos dentro das próximas 48 horas.

O impacto das partículas carregadas ocorreu às 14h30 de terça-feira e de acordo comdados registrados por magnetômetros instalados nos EUA e Canadá atingiu a marca 6 do Índice KP que vai até 9. Esse índice é considerado de forte intensidade e pode provocar blackouts de radiopropagação e interferências em dados de GPS e balizadas de radionavegação. Índices KP superiores a 6 já passam a representar riscos de distúrbios em equipamentos eletrônicos e distribuição de energia elétrica.

Acompanhe em tempo real

A tempestade solar que deu origem ao impacto ocorreu no dia 1 de agosto e ejetou duas grandes quantidades de massa coronal em direção à Terra, sendo que a primeira delas foi a que impactou a alta atmosfera na tarde de ontem. A segunda carga de material ainda está a caminho e deverá atingir a Terra nas próximas horas.

Desde que foi ejetada, a primeira carga de partículas levou três dias para percorrer os 148 milhões de km que separam a Terra do Sol, viajando a mais de 2 milhões de km por hora.


Gráfico tempestade solar agosto de 2010



O primeiro resultado da ejeção de massa coronal (CME) foi a produção de brilhantes auroras boreais sobre as altas latitudes da Europa e norte da América do Norte, especialmente no Canadá.

De acordo com dados gerados pelo Centro de Previsão de Clima Espacial, SWPC, dos EUA, existem 35% de chances das novas tempestades atingirem as mesmas regiões da Terra e 25% de possibilidades de que as tormentas cheguem às latitudes médias do planeta. Se isso ocorrer, moradores da região mais populosa da Europa e EUA poderão observar os efeitos da tempestade.


Flare Solar
Flare ou rajada solar é uma explosão que acontece quando uma gigantesca quantidade de energia armazenada em campos magnéticos, geralmente acima das manchas solares, é repentinamente liberada.

Os flares produzem uma enorme emissão de radiação que se espalha por todo o espectro eletromagnético e se propaga desde a região das ondas de rádio até a região dos raios X e raios gama.

Como conseqüência desse flares temos as chamadas Ejeções de Massa Coronal, enormes bolhas de gases ionizados com até 10 bilhões de toneladas que são lançadas no espaço a velocidades que superam facilmente a marca de um milhão de quilômetros por hora.

Quando observadas dentro do espectro de raios-x, entre 1 e 8 Angstroms, produzem um intenso brilho ou clarão e é esse clarão (ou flare) que nos permite classificar o fenômeno.

Flares de Classe X são intensos e durante os eventos de maior atividade podem provocar blackouts de radiopropagação que podem durar diversas horas ou até mesmo dias. As rajadas da Classe M são de tamanho médio e também causam blackouts de radiocomunicação que afetam diretamente as regiões polares. Tempestades menores muitas vezes seguem as rajadas de classe M.

Por fim existem as rajadas de Classe C, fracas e pouco perceptíveis aqui na Terra.


Tempestades geomagnéticas
A maior parte das partículas altamente carregadas que foram ejetadas pelo Sol são desviadas quando chegam próximas à magnetosfera da Terra. No entanto, parte dela consegue furar o bloqueio e atinge as camadas superiores da atmosfera, normalmente sobre as regiões de latitude mais altas.


Na atmosfera superior as partículas se chocam com os átomos de oxigênio e nitrogênio que ionizados produzem radiação no comprimento de onda da luz visível e que são atraídas aos polos pelo campo magnético do planeta. Esse efeito luminoso é chamado de Aurora.

Quanto maior a atividade solar, mais intensas são as auroras, que recebem o nome de boreais quando ocorrem próximas ao polo norte e austrais quando se dão próximas ao pólo sul. Normalmente o fenômeno ocorre próximo a 60 km de altitude.


A mais intensa
A tempestade geomagnética mais intensa que se tem registro foi denominada Evento Carrington e ocorreu entre agosto e setembro de 1859. A intensa tempestade foi testemunhada pelo astrônomo britânico Richard Carrington, que observou a tormenta através da projeção da imagem do sol em uma tela branca. Na ocasião, a atividade geomagnética disparou uma série de explosões nas linhas telegráficas, eletrocutando técnicos e incendiando os papéis das mensagens em código Morse.

Relatos informam que auroras boreais foram vistas até nas latitudes médias ao sul de Cuba e Havaí. Nas Montanhas Rochosas, no oeste da América do Norte, as auroras eram tão brilhantes que acordavam os camponeses antes da hora, que pensavam estar amanhecendo. As melhores estimativas mostram que o Evento Carrington foi 50% mais intenso que a supertempestade de maio de 1921.


Fotos: No topo, imagem registrada pelo satélite SDO (Observatório de Dinâmica Solar) no dia 1 de agosto de 2010. A cena mostra a gigantesca área de turbulência, vista na região esquerda inferior da imagem. A tormenta produziu um flare solar de classe C3 e ejetou parte do material da coroa solar em direção à Terra. Na sequência, gráfico mostra as consequências da tormenta, com o índice solar atingindo 6 em uma escala que vai até 9. Em seguida vemos o efeito direto da tempestade sobre os céus da Dinamarca, registrado pelo fotógrafo Jesper Grønne, em 4 de agosto. Por último, vista parcial dos danos causados em um transformador após uma violenta tempestade solar ocorrida sobre o Canadá em 1989. Créditos das fotos: Nasa/SDO Observatory - NOAA/SPWC/APOLO11 - Jesper Grønne/SpaceWeather - Hydro Québec - APOLO11.COM.


Fonte: http://www.apolo11.com/spacenews.php?posic=dat_20100804-080109.inc





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