Na atmosfera superior as partículas se chocam com os átomos de oxigênio e nitrogênio que ionizados produzem radiação no comprimento de onda da luz visível e que são atraídas aos polos pelo campo magnético do planeta. Esse efeito luminoso é chamado de Aurora.
Quanto maior a atividade solar, mais intensas são as auroras, que recebem o nome de boreais quando ocorrem próximas ao polo norte e austrais quando se dão próximas ao pólo sul. Normalmente o fenômeno ocorre próximo a 60 km de altitude.
A mais intensa
A tempestade geomagnética mais intensa que se tem registro foi denominada Evento Carrington e ocorreu entre agosto e setembro de 1859. A intensa tempestade foi testemunhada pelo astrônomo britânico Richard Carrington, que observou a tormenta através da projeção da imagem do sol em uma tela branca. Na ocasião, a atividade geomagnética disparou uma série de explosões nas linhas telegráficas, eletrocutando técnicos e incendiando os papéis das mensagens em código Morse.
Relatos informam que auroras boreais foram vistas até nas latitudes médias ao sul de Cuba e Havaí. Nas Montanhas Rochosas, no oeste da América do Norte, as auroras eram tão brilhantes que acordavam os camponeses antes da hora, que pensavam estar amanhecendo. As melhores estimativas mostram que o Evento Carrington foi 50% mais intenso que a supertempestade de maio de 1921.
Fotos: No topo, imagem registrada pelo satélite SDO (Observatório de Dinâmica Solar) no dia 1 de agosto de 2010. A cena mostra a gigantesca área de turbulência, vista na região esquerda inferior da imagem. A tormenta produziu um flare solar de classe C3 e ejetou parte do material da coroa solar em direção à Terra. Na sequência, gráfico mostra as consequências da tormenta, com o índice solar atingindo 6 em uma escala que vai até 9. Em seguida vemos o efeito direto da tempestade sobre os céus da Dinamarca, registrado pelo fotógrafo Jesper Grønne, em 4 de agosto. Por último, vista parcial dos danos causados em um transformador após uma violenta tempestade solar ocorrida sobre o Canadá em 1989. Créditos das fotos: Nasa/SDO Observatory - NOAA/SPWC/APOLO11 - Jesper Grønne/SpaceWeather - Hydro Québec - APOLO11.COM.
Fonte: http://www.apolo11.com/spacenews.php?posic=dat_20100804-080109.inc