Um pequeno animal encontrado em São Bento do Sul está tirando o sono da cabeleireira Renilda Ricardo. Há 15 dias, ela achou o bicho morto, já em decomposição, em um rancho nos fundos de sua casa. Entretanto, ninguém ainda sabe de que animal se trata.
Veterinários e pesquisadores buscam identificar a espécie. Fotografias foram encaminhadas para o Centro de Paleontologia (Cenpáleo), da Universidade do Contestado (UnC), em Mafra. Até no final da tarde de ontem, não havia identificação.
O bichinho, que não mede mais de 10 centímetros, possui coloração em tons de cinza e o corpo não é recoberto por pêlo ou pena. O que mais chama a atenção é a ossada da cabeça, que lembra seres pré-históricos. Os dentes, em destaque na ponta do bico, reforçam a semelhança. As pequenas patas, com quatro dedos longos, lembram um pássaro, mas o que foi encontrado não possui asas. Ele se locomove caminhando.
Em seu quintal, revela a cabeleireira, existe outro espécime ainda vivo. Ela conta que durante a noite percebe o animal caminhando sobre o forro da casa. Renilda, que já morou no campo, diz ter certeza de que não é barulho emitido por ratos ou outros pequenos animais comuns nessa região.
- Ele caminha com passos lentos e não corre como os ratos - contou.
Para colocar fim à sua curiosidade, Renilda espera que alguém possa identificar o animal. Está disposta, inclusive, a colocar armadilhas em sua casa para que o bichinho seja capturado, mas avisa: sem machucar o animal. Ela se culpa pela morte do animal. Disse que colocou veneno no rancho para matar os ratos.
- Eu pensava que poderia ser um rato e coloquei veneno, só depois vi que era outro animal - disse.
Assim que encontrou o bicho morto, levou-o, dentro de uma caixa de chocolate, até a prefeitura na esperança que alguém pudesse identificá-lo. Jonas Engel, do Departamento de Meio Ambiente, ficou quase uma semana procurando alguém que soubesse a origem do animal, mas não encontrou.
Fotografias foram encaminhadas ao Centro de Paleontologia. Só que ainda não foi possível identificá-lo. O professor Luiz Carlos Weinschutz é o coordenador do Centro e está empenhado na pesquisa. Já no Hospital Veterinário da UnC, em Canoinhas, os professores querem analisar o animal, e se necessário, realizar exame de DNA. O resultado sai 10 dias após a coleta de material. Por enquanto, o animal está guardado na casa da cabeleireira, em São Bento do Sul.
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