DESASTRES CLIMÁTICOS : Milhares de morsas fogem para a terra firme em decorrência do degelo polar
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DESASTRES CLIMÁTICOS : Milhares de morsas fogem para a terra firme em decorrência do degelo polar


08 de setembro de 2015 

(da Redação da ANDA)
Foto: Shutterstock
Foto: Shutterstock
O aquecimento global está forçando milhares de morsas no Alasca a ir para o interior das regiões costeiras, devido ao encolhimento do gelo do Ártico. As informações são do Ecorazzi.
De acordo com o Serviço de Vida Selvagem e Marinha dos Estados Unidos (FWS), um enorme grupo de morsas foi visto no dia 23 de agosto por um fotógrafo, fato que foi logo depois confirmado por moradores de Port Lay. Infelizmente é uma cena rotineira. Em outubro do ano passado, 35.000 morsas realocaram-se em uma ilha remota próxima a Point Lay, depois de seus habitats no Oceano Ártico terem se derretido – o que é um dos efeitos colaterais mortais da mudança climática. Na verdade, cientistas afirmam que esta tem sido uma ocorrência regular desde 2000.
Esses desembarques são perigosos para os animais pois os mais jovens e menores correm o risco de serem pisados por outros até a morte, no espaço limitado. Óbitos decorrentes de pisoteamento são o maior perigo natural para as morsas – no ano passado, 60 delas morreram por esse motivo.
“Morsas frequentemente evadem de locais em resposta à visão, sons ou odores de humanos ou máquinas. Elas são particularmente sensíveis a alterações sonoras e ruídos de motores e são propensas a saírem em debandada de praias quando estas estão sendo sobrevoadas por aviões”, explicou Andrea Medeiros, porta-voz do FWS, ao The Guardian.
Neste inverno, a camada de gelo do oceano caiu em mais um nível por causa do aquecimento global e dos padrões anormais de clima – e não parece que esse quadro vá melhorar. Alguns cientistas acreditam que o Ártico poderá estar inteiramente degelado nos meses de verão até 2030. A notícia é alarmante, e provavelmente é uma das razões pelas quais o presidente Barack Obama fez uma viagem ao Alasca no último fim de semana, tornando-se o primeiro presidente dos Estados Unidos a fazê-lo, com o objetivo de chamar a atenção para as consequências drásticas das mudanças climáticas no Ártico.
“O período sem gelo no Mar de Chukchi costuma durar cerca de um mês. No entanto, modelos climáticos globais sugerem que esse período pode passar a ser de 4 a 5 meses até o fim deste século, se os níveis de emissão de gases de efeito estufa continuarem no mesmo ritmo”, disse o U.S. Geological Survey em um comunicado recente.
Em 2013, 10.000 morsas foram vistas em terra firme, basicamente no mesmo ponto nas proximidades de Point Lay. Isso só vem mostrar que as coisas estão definitivamente piorando.




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