(da Redação)
Cavalos selvagens. Foto: Getty Images
Autoridades do estado australiano de Queensland vão incentivar a morte de cavalos selvagens em terras públicas.
Segundo a BBC, a autorização da matança aconteceu após duas mortes humanas. Um menino de 15 anos morreu recentemente e sua mãe ficou gravemente ferida depois que o carro em que viajavam colidiu com a carcaça de um cavalo.
Em julho, um motociclista também morreu quando atingiu um cavalo na mesma rodovia em Bluewater, norte de Townsville.
Entretanto, em vez de pensar em alternativas para evitar os acidentes e o atropelamento de animais, como implementação de mais placas de aviso, o governo australiano quer resolver o problema da forma mais cruel: matando os cavalos.
O Ministro dos Parques Nacionais de Queensland, Steven Miles, confirmou a BBC que a matança será liberada. Supostamente, os cavalos seriam mortos de forma humana e dentro de diretrizes rigorosas. No entanto, as palavras do próprio governo desmentem essa falácia.
“Nós temos pensado em diferentes opções, mas elas ainda não são suficientes ao bem-estar animal”, disse Miles.
O ministro chegou a pedir que os motoristas tenham cuidado nas estradas, mas não está sendo planejada nenhuma campanha mais ampla de conscientização.
O governo estima que pelo menos 400.000 cavalos selvagens vagueiem pelo continente australiano. As maiores populações são encontradas no Northern Territory e em Queensland. Cerca de 200 rondam as áreas em torno da rodovia Bruce.
Cavalo selvagem. Foto: Getty Images
Controle da população
Ainda não se sabe como e quando será realizada a matança em Queensland. Uma opção provável é a matança aérea, que envolve helicópteros e atiradores treinados.
Outro método que está em consideração para o controle populacional é o aprisionamento passivo, que já utilizado em algumas partes do Parque Nacional Kosciuszko, em New South Wales. Nesse método, os cavalos são atraídos para uma armadilha e, em seguida, induzidos a morte ou realojados.
A presidente da Australian Brumby Alliance, Jill Pickering, lembrou que há outras alternativas para resolver o problema, como campanhas de segurança nas estradas e implementação de placas.
Placa que pode ser utilizada para alertar motoristas. Foto: Divulgação
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