(da Redação da ANDA)
(Foto: Flávia Mantovani/G1)
O hábito de comer canguru na Austrália existe há milhares de anos entre os aborígenes da região, mas atualmente se popularizou nas grandes cidades do país. O produto, antes disponível apenas em alguns açougues especializados em carnes exóticas, já pode ser encontrado nos grandes supermercados, na forma de bife, hambúrguer, espeto ou salsicha, segundo informações do portal de notícias G1.
Alguns restaurantes também incluíram no cardápio pratos feitos de canguru. É o caso do Meat & Wine Co, uma rede com unidades nas cidades de Sydney e Melbourne. Entre os pratos principais, a primeira opção a aparecer no menu é o filé de canguru grelhado. Segundo o gerente do estabelecimento, o prato faz sucesso, especialmente entre os turistas asiáticos. Mas ele próprio nunca experimentou esse tipo de carne: “os cangurus são uma praga”, diz.
Mais de 4 milhões desses animais são massacrados por ano na Austrália. Esta indústria da morte envolve agricultores e proprietários de terras que assassinaram noventa milhões de cangurus nos últimos vinte anos. Eles freqüentemente sofrem mortes violentas e prolongadas. É comum atirarem nas mães, depois rasgarem as suas bolsas para arrancarem os seus bebês, e então pisarem nas cabeças dos filhotes.
Os fazendeiros culpam os cangurus pela degradação das terras no país. Os animais são acusados de danificar colheitas de trigo. Contudo, a maioria das caçadas ocorre no Outback, onde não há cultivo desse cereal.
Antes da chegada dos europeus no país, as vastas pradarias costumavam ser o território dos aborígines, e predadores naturais como o dingo (um tipo de lobo), controlava as populações de cangurus. Quando a Austrália foi colonizada há 200 anos, em primeiro lugar as pastagens foram perdidas e, em seguida, o desenvolvimento das cidades levou a uma mudança completa na estrutura da paisagem. Hoje, como resultado da urbanização e da intensificação da agricultura, grandes partes da região tem uma paisagem altamente fragmentada, com um elevado risco de perder a sua diversidade biológica, o que influencia nesse desequilíbrio. Então, na realidade, as terras que eram dos cangurus, foram invadidas pelos colonizadores que agora querem eliminá-los.
Cangurus Eastern Grey, os mais adaptáveis e comuns da Austrália. (Foto: Souther Stock/Getty)
Alguns ativistas reclamam de que a comercialização da carne de canguru fere os direitos animais, mas o governo afirma que a exploração comercial de algumas espécies é essencial para o equilíbrio do meio ambiente do país, como se esta justificativa legitimasse a cruel matança desses marsupiais.
O governo afirma que a carne é exportada para mais de 55 países. Rússia e União Europeia são os maiores mercados.
Além da carne, o couro e a pele do canguru também são exportados e vendidos dentro da Austrália. Produtos com essa matéria-prima podem ser encontrados em mercados e lojas pelo país. A indústria da morte de cangurus australianos leva o vergonhoso título de maior massacre comercial de animais terrestres do mundo.
Nota da Redação: Os diretos animais não são violados pela morte e consumo de carne de alguma espécie em particular. Muitas pessoas lamentavelmente cometem o grave erro de atribuir direitos apenas a algumas espécies, como se as demais não tivessem características igualmente relevantes para merecerem esta consideração. A matança de cangurus é tão desumana como a de qualquer outro animal explorado para o consumo.
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