Neste  texto, analisamos a Política de Responsabilidade Socioambiental (PRSA)  do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em  termos de sua aplicação prática em empreendimentos financiados pelo  banco, com destaque para grandes projetos de infraestrutura nos setores de transporte e energia. Nesta análise, procuramos avaliar a  efetividade da PRSA, considerando como questões fundamentais a  transparência, a participação cidadã, o pleno respeito aos direitos  humanos, a valorização da diversidade cultural e a sustentabilidade  ambiental.
A  Política de Responsabilidade Socioambiental (PRSA) do BNDES tem se  revelado insuficiente na gestão de riscos e impactos socioambientais de  empreendimentos por ele financiados. Essa realidade se revela  especialmente alarmante no caso de megaprojetos de infraestrutura em regiões social e ambientalmente complexas. 
As  recentes experiências do BNDES na região amazônica, por exemplo, têm  evidenciado que o banco não está preparado para lidar com elevados  riscos e impactos que grandes empreendimentos provocam numa região com  características únicas de diversidade e vulnerabilidade socioambiental, o  que ressalta a necessidade urgente de uma profunda revisão de políticas  e instrumentos, objetivando o seu aprimoramento.
A participação do BNDES na viabilização financeira de projetos polêmicos que são recorrentemente questionados na justiça por violações dos direitos humanos e da legislação ambiental vem demonstrando a impotência de sua PRSA tanto para avaliar os riscos  socioambientais, evitando o apoio para empreendimentos temerários, como  para acompanhar eficientemente a gestão de riscos e impactos socioambientais envolvidos nos empreendimentos que o banco decide apoiar. 
Problemas  trabalhistas, violação de direitos indígenas e passivos socioambientais  associados a expressivos aumentos sucessivos nos custos de  empreendimentos e atrasos em seus cronogramas são elementos comuns a  megaprojetos financiados pelo BNDES nos últimos anos, a exemplo das  Usinas Hidrelétricas (UHE) de Jirau, Santo Antônio e Belo Monte.
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