amazoniamapa 1 108 milhões de hectares da floresta Amazônica destinados ao desenvolvimento da exploração de gás e petróleo
Concessões para a exploração e extração de petróleo estão se propagando pelos países amazônicos, segundo um novo atlas compreensivo da região.
O relatório Amazonía bajo presión, publicado por 11 organizações sociais civis e instituições de pesquisa que formam a Rede Amazônica de Informação Socioambiental Georeferenciada (RAISG), conta com uma série de fontes para calcular as marcas das indústrias de gás e petróleo na maior floresta tropical do planeta. Ela encontra uma quantidade de áreas bloqueadas para concessões de gás e petróleo superior a um milhão de quilômetros quadrados, ou 14% da Amazônia. Autorizações para explorações foram concedidas por 428,473 quilômetros quadrados, enquanto licenças para exploitação ocupam 40,717 km².
O Peru possui a maior área de zonas potenciais de petróleo, ocupando 659,937 km². Ao todo, 84% da Amazônia peruana está coberta por blocos de petróleo. O país é seguido pela Colômbia (193,414 km²- 40% da Amazônia colombiana), Brasil (127,862 km² – 21%), e Bolívia (73,215 km² – 15%). Guiana, Guiana Francesa e Suriname não possuem nenhum bloco de petróleo. O Equador e a Venezuela possuem operações de petróleo ativas, mas nenhum bloco de exploração excepcional.
Blocos de Petróleo em países amazônicos
Nova Imagem 108 milhões de hectares da floresta Amazônica destinados ao desenvolvimento da exploração de gás e petróleo
O desenvolvimento de gás e petróleo é grande preocupação na Amazônia devido aos grandes impactos ambientais envolvidos, incluindo a construção de estradas, poluição do ar e da água e deslocamento de comunidades florestais. A extração de petróleo na Amazônia equatoriana, por exemplo, foi culpada por inúmeros impactos sociais e ambientais e atualmente está envolvida em uma ação judicial de bilhões de dólares originalmente arquivados em nome de comunidades florestais. No entanto, o Equador se ofereceu para renunciar o desenvolvimento de petróleo no Parque Nacional Yasuni National Par, desde que seja recompensado. Até o momento, seu fundo arrecadou $ 300 milhões dos 3.6. bilhões que precisa para abandonar a exploração.
O atlas também destaca outros desenvolvimentos na Amazônia, incluindo a expansão de redes de estradas, a crescente incidência de incêndios, uma proliferação em projetos hidrelétricos e a explosão de uma mina.
* Publicado originalmente no site Mongabay e retirado do site CarbonoBrasil.