Rogério Florentino Pereira
Pela primeira vez no Brasil, no mês de outubro acontece o “Brasil Big Day”, dia reservado para observação de pássaros. Promovido aqui pela Organização Não-Governamental Save Brasil, a data já é realizada nos Estados Unidos há alguns anos e em maio de 2015 foi celebrada mundialmente (Big Global Day).
Dalci Maurício Miranda de Oliveira, professor de Zoologia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), é um dos observadores de pássaros do estado. Formado pela mesma universidade em que dá aulas, e com mestrado e doutorado pelo Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (INPA), Dalci afirma que a atividade é importante tanto para a preservação da natureza quanto para a melhoria de qualidade de vida:
“A observação de aves dá ao observador a consciência da conservação das espécies”, afirmou o professor em entrevista ao Olhar Conceito. “Além disso, melhora a interação cerebral e diminui a chance de doenças degenerativas. A observação ainda diminui o stress, traz o homem de volta à natureza e o incentiva a praticar atividades ao ar livre”.
No Brasil, já são vinte mil observadores, o que torna o país o segundo com o maior número de espécies diferentes observadas (no total, 1901). No mundo, o país mais observador é os Estados Unidos: “Nos Estados Unidos existem pessoas que tiram um ano inteiro só para observar pássaros”, conta Dalci.
Os pássaros podem ser identificados, fotografados, gravados (em vídeo ou áudio) e os registros são enviados para a maior database do mundo, organizada pelo laboratório de Ornitologia da Universidade de Cornell (EUA). No total, já foram identificadas 10201 espécies no mundo.
O Brasil possui seu próprio site também, com 1855 espécies registradas até o momento. O próximo dia dez de outubro, quando acontece o ‘Brasil Big Day’, tem por objetivo aumentar tanto o número de observadores quanto o de espécies. E o professor Dalci garante que não é difícil:
“As pessoas podem começar observando no próprio quintal, mas essa é uma atividade que quanto mais você faz, mais quer fazer. Cuiabá tem 16 parques onde as pessoas podem ir… depois, Pantanal, Chapada, e aos poucos o observador vai descobrindo espécies e querendo descobrir ainda mais”, afirma. Segundo o professor, o recordista mundial de observação é um escocês que viajou o mundo todo, e identificou 9100 espécies diferentes.
Para os mato-grossenses, a diversidade está próxima. Na database brasileira, a primeira cidade com o maior número de espécies identificadas é Alta Floresta. Mato Grosso continua na lista das dez primeiras cidades com Aripuanã (5º lugar) e Paranaíba (10º lugar).
Fonte: Olhar Direto
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